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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

MAIS UMA VEZ ALICE... Que bom!

     A Alice de Lewis Carroll é fonte de inspiração inesgotável para os artistas. No teatro Alice já foi usada de todas as maneiras possíveis: infantil, abusada, estigmatizada, drogada (afinal, o que é aquele chá?); sendo Alice Através do Espelho (1999) da Armazém Companhia de Teatro dirigida por Paulo de Moraes a mais memorável (ali por meio de recursos cênicos, o público atravessava o espelho, aumentava e diminuía de tamanho e escorregava pelo buraco, sentindo as mesmas sensações da protagonista).
     Eis que surge uma nova Alice, agora sob a ótica de René Piazentin e o Núcleo Imaginário e ela continua nos surpreendendo. Clássico é isso aí; quando bem tratado, rejuvenesce e se torna atual. Uma produção bastante simples cujo cenário é composto de caixas de papelão que contém os brinquedos de Alice e que se sustenta na interpretação dos sete jovens e talentosos atores. Há momentos bastante engraçados que remetem ao teatro do absurdo e outros extremamente poéticos como o diálogo entre Alice e o pássaro Dodô cuja raça se extinguiu por não saber voar. Tudo gira em torno do que é real e o que é imaginário. E nossa vida não é mais ou menos assim? Afinal se você não sabe para onde quer ir, pode ir para qualquer direção. Qual o sentido da direção? Também não importa.
     Uma Alice Imaginária em cartaz no Teatro Commune às quintas e sextas  às 21h até 26/10/2012.

Um comentário:

  1. Putz Zé, vc é um instigador. Quero ver esta montagem e reler, pela enésima vez, o texto. Obrigada por mais um post.

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