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segunda-feira, 30 de maio de 2016

MARK HARVEY LEVINE



     Em 28/05/2016 escrevi uma pequena matéria sobre o espetáculo ROTEIRIZADOS e qual não foi minha surpresa que o autor (norte americano) reagiu a ela em bom português. Seguiu-se o diálogo abaixo que achei por bem registrar neste blog pelos elogios que ele faz ao ator brasileiro, que não passa de um vagabundo para certos “patriotas”:

Mark Harvey Levine Muito Obrigado pelas suas palavras muito amáveis!

José Cetra Filho Boa noite Mark! Você fala português? Mora no Brasil??

Mark Harvey Levine Eu só falo um pouco de Português. Eu vivo em Los Angeles, mas eu fui ao Brasil duas vezes e adorei!

José Cetra Filho Pode falar pouco, mas escreve muito bem em português! Parabéns. Como já escrevi gostei muito do texto de ROTEIRIZADOS. Você tem outros textos traduzidos para o português? Você assistiu à montagem dos meninos?

Mark Harvey Levine Eu tenho algumas outras peças que foram traduzidos. (E eu estou traindo com o Google Translate. Por mim eu soar como uma criança demente em Português.) Eu não vi Roteirizados, mas eu fui ao Brasil para ver outras peças da mina. Eles são sempre incrivelmente bem feito.

José Cetra Filho Que bom Mark! Fico muito feliz com esse nosso contato e se você aceitar vou adicioná-lo como amigo no Facebook> Grande abraço e conte comigo na divulgação dos seus trabalhos.

Mark Harvey Levine Antes disso, não havia "Aperitivos", realizada pela Pausa Companhia, que jogou em Curitiba e São Paulo e excursionou 2005-2010. Então Teatro de Breque fez "O Beijo" e "A pródiga Vaca", e eu co-escreveu "Em Breve Nos Cinemas" com eles. Atualmente Teatro de Breque está fazendo "A Maldita Raça" - um jogo que eu contribuí algumas coisas para. Que está funcionando agora em Curitiba.

Mark Harvey Levine E graças para o pedido de amizade!

José Cetra Filho AH!!! Eu sabia! Eu assisti APERITIVOS aqui em São Paulo em 2006, dirigida por Marcio Santana de Curitiba. Era uma coletânea de várias peças curtas, não é? Eu tenho o programa da peça e uma nota de jornal sobre a mesma. Na época gostei bastante.

Rachel Coelho Também adorei "Aperitivos". "A vaca pródiga" e "Em breve nos cinemas" também vi e gosto. Emoticon grin

Mark Harvey Levine Sim, exatamente! Ele tinha algumas das mesmas peças como Roteirizados, mas ligados de forma diferente. Como é maravilhoso!

Mark Harvey Levine Rachel, muito obrigado! Eu deveria mudar para o Brasil ...

Rachel Coelho Mark Harvey Levine é verdade! Quero ver a nova peça agora! Espero conseguir em Curitiba.

José Cetra Filho ERRATA: É Márcio Mattana e não Marcio Santana.

José Cetra Filho Mark Harvey Levine VENHA PARA O BRASIL MARK! Bons autores são sempre bem-vindos!


Mark Harvey Levine Eu acho que eu estou fazendo melhor no Brasil do que aqui nos EUA! Todas as produções que já vi no Brasil têm sido fantásticos. Os atores no Brasil são todos destemida e talentosa.

domingo, 29 de maio de 2016

MARAT-SADE


A Perseguição e o Assassinato de Jean Paul Marat Conforme Foram Encenados pelos Enfermos do Hospício de Charenton, Sob a Direção do Marquês de Sade

        A histórica montagem de Marat-Sade de 1967 dirigida por Ademar Guerra com elenco estelar é um dos 28 espetáculos mais significativos de minha longa vida de espectador (cerca de 3200 peças de teatro em 53 anos). Faço descrição detalhada do que a memória guardou desse espetáculo em capítulo especial de meu livro O Teatro Paulistano de 1964 a 2014-Memórias de Um Espectador. Faço esse preâmbulo apenas para explicar porque me dirigi ao Teatro Commune com certo receio de assistir a uma nova montagem desse complexo texto com um jovem elenco egresso do Teatro Escola Macunaíma em 2013; a seu favor havia a direção assinada pelo experiente Reginaldo Nascimento.
        Em primeiro lugar louve-se o trabalho do encenador em criar boa ambientação do hospício (ele também assina a cenografia) e colocar elenco de 23 pessoas no pequeno espaço cênico do Teatro Commune. A movimentação sincronizada dos numerosos participantes é um dos grandes trunfos da montagem, assim como, as cenas corais.
        A belíssima trilha de Richard Peaslee criada para a montagem londrina de Peter Brook (que posteriormente virou filme) foi também usada na montagem de Guerra, mas nesta versão optou-se por trilha criada por  Ângela Calderazzo (tendo Mariva Lima e Reinaldo Rodriguez como co-autores), também muito bonita e adequada e como escrevi acima muito bem interpretada pelo elenco.
        Entre os destaques naturais da peça estão os papéis de Marat, Sade, Sr. Coulmier (o diretor do hospício), Padre Roux, Charlotte Corday, Duperret e o Anunciador e todos os atores saem-se bem no desempenho dessas personagens, em especial Fernanda Tessitore (Corday) e Reinaldo Rodriguez (Coulmier). Fiquei relativamente incomodado com a dicção de Mariva Lima (Sade) acreditando que fosse problema vocal do ator, mas nos agradecimentos ao final da peça ele se dirigiu à plateia com bela emissão e dicção perfeita. Aquele modo de falar deve fazer parte de sua composição da personagem, mas ao meu modo de ver, compromete sobremaneira os embates entre ele e Marat que são cenas capitais da peça.
        Cada um dos outros atores faz composições dos loucos do hospício de Charenton e nada mais elogioso do que notar que em certos momentos eles roubam a cena com seus trejeitos e expressões faciais.
        No todo o espetáculo funciona muito bem com belos figurinos de Vanusa Costa e criativa iluminação de Vanderlei Conte que tem seu ponto alto na cena do assassinato de Marat.
        O impacto da cena final com a tentativa de invasão dos loucos no recinto da plateia era imenso na montagem de 1967 quando uma enorme grade caia cobrindo todo o palco e os insanos ficavam pendurados nela olhando desafiadoramente para o público. Por razões de custos de produção seria muito difícil recriar essa cena na atual montagem, mas a solução achada por Reginaldo Nascimento é bastante criativa e não vou descrevê-la para não tirar a surpresa de quem vai assistir a esta digna recriação do texto do dramaturgo alemão Peter Weiss (1916-1982).

        MARAT-SADE está em cartaz no Teatro Commune às quartas e quintas às 21h até 22/06.

29/05/2016



terça-feira, 24 de maio de 2016

DEZUÓ, BREVIÁRIO DAS ÁGUAS


        Qual o potencial de montagem de um texto literário? Essa é uma questão que sempre surge a encenadores teatrais. É claro que dependendo da criatividade e do talento do diretor até uma lista de supermercado pode se tornar um belo espetáculo!
        Creio que numa primeira leitura o belíssimo texto do escritor paraense Rudinei Borges não inspire encenadores pelo seu forte cunho narrativo e pela dificuldade em criar o ambiente solicitado pela trama. O texto conta a história do menino Dezuó que, assim como Rudinei, nasceu e morou em cidades ribeirinhas próximas ao Rio Tapajós e à Rodovia Transamazônica e viu sua cidade ser destruída ao ser invadida pelas águas devido à construção de uma hidrelétrica. Após a destruição de seu lar, Dezuó muda-se para a cidade grande onde se sente um estranho no ninho.
        Patricia Gifford acreditou que o texto poderia resultar em espetáculo e amparada em seu talento e na cenografia criada por Telumi Hellen criou uma belíssima tradução cênica do mesmo.
        Em uma plataforma circular de cerca de 3 metros de diâmetro o menino Dezuó, munido de barro e pequenos objetos, constrói o seu vilarejo; nada no rio criado a partir de água derramada na plataforma e mostra a destruição do vilarejo quando a água o inunda. O ambiente urbano, quando Dezuó vai para a cidade grande, é criado fora da plataforma em um tom cinzento e frio. O espetáculo é essencialmente visual e sensorial e depende totalmente do ator que interpreta o menino e narra a história. Em uma interpretação que se soma aos excelentes trabalhos masculinos do semestre, o também paraense Edson Castro entrega-se visceralmente à personagem lambuzando-se de barro e de água.
        Somatória dos talentos do autor Rudinei Borges (que já havia nos brindado com o poético Dentro É Lugar Longe do grupo Sinhá Zózima em 2013), da encenadora Patrícia Gifford (da Cia. São Jorge de Variedades e mola mestra do inesquecível Barafonda de 2012), da cenógrafa Telumi Hellen (que participou do CPT e foi assistente de J. C. Serroni) e do ator Edgar Castro (realizou trabalhos com a Cia. do Latão, a Cia. Livre e a Cia. São Jorge de Variedades); Dezuó só poderia resultar nessa verdadeira preciosidade que esteve em cartaz até a segunda feira 16/05/2016 na sede da Cia. Livre, mas que já anuncia uma nova e curta temporada no mesmo local a partir de 22/05, permanecendo em cartaz até 06/06, aos sábados (21h) e aos domingos e às segundas (20h).

IMPERDÍVEL.

24/05/2016






domingo, 22 de maio de 2016

MAIS QUERO ASNO QUE ME CARREGUE QUE CAVALO QUE ME DERRUBE


           Por razões pouco conhecidas a rica obra de Carlos Alberto Soffredini (1939-2001) é muito pouco montada. Maravilhas como Na Carrêra do Divino, Vem Buscar-me Que Ainda Sou Teu, O Pássaro do Poente, Minha Nossa tiveram montagens gloriosas nos anos 1970/1980, mas depois nunca mais voltaram aos palcos, assim como, aquela que considero sua obra prima que teve apenas uma montagem semi-profissional com um grupo da Unicamp em 1993, que é O Caso dessa Tal de Mafalda Que Deu Muito o Que Falar e Que Acabou Comno Acabou Num Dia de Carnaval.
        Mais Quero Asno Que Me Carregue Que Cavalo Que Me Derrube foi escrita em 1969 inspirada na Farsa de Inês Pereira de Gil Vicente e estreou em dezembro de 1972 sob a direção de Celso Nunes como exame de formatura dos alunos da Escola de Arte Dramática (EAD). Faziam parte do elenco, entre outros, Zécarlos Andrade, Selma Egrei e Maria Vasco como uma hilária portuguesa chamada Leonor Vaz d’Almeida. A peça fez tanto sucesso que no ano seguinte foi montada profissionalmente agora com direção de Elvira Gentil e tendo a grande atriz Cacilda Lanuza no papel da portuguesa. Repetiu-se o sucesso e a peça manteve-se em cartaz por muitos meses, sendo depois montada no Rio de Janeiro tendo Tereza Rachel como Dona Leonor sob a direção do autor.
        Ednaldo Freire é diretor voltado às pesquisas de cultura popular e neste ano de 2016 resolveu retomar o texto de Soffredini agora com jovens egressos da Escola Célia Helena de Teatro (a situação de 1972, de alguma forma, se repete) que formaram um coletivo denominado Quintal do Aventino. A montagem é deliciosamente divertida e bastante criativa tanto nas interpretações como nos cômicos figurinos de Luiz Augusto dos Santos, também responsável pelos cenários.


        O elenco se adequa muito bem aos tipos cômicos criados por Soffredini como o caricato padeiro (Ian Noppeney), o John Brás e o João Brasílio de bunda de fora (belas composições de Felipe Fonseca), a Inês (presença forte e bonita de Ana Carolina Capozzi), as três festeiras (Ana Sampaio, Flora Rossi e Juliana Leite), a Dona Clara, mãe de Inês (Martha Almeida), a amiga de Inês e narradora da história Luzia (Hildit Nitsche) e, é claro, a Dona Leonor Vaz d’Almeida (a muito engraçada Giovana Arruda que acumula a personagem de Carmem, a amante de João). Longa vida e luminosa carreira a esses jovens que iniciam suas atividades profissionais com o pé direito.
        Em tempos tão sombrios é bom dar uma trégua de hora e meia às preocupações e às tristezas e se divertir MUITO com a encenação ora em cartaz.

        MAIS QUERO ASNO... está em cartaz no Teatro MuBe só até 29/05 aos sábados às 18h e aos domingos às 20h30. Só tem mais um fim de semana. Quer se divertir? CORRA PARA VER!


22/05/2016

quinta-feira, 12 de maio de 2016

ENTRE VÃOS


O SALTO DO DRAMATURGO VICTOR NÓVOA e da DIGNA COMPANHIA

                Conheci o grupo e a dramaturgia de Victor Nóvoa com o espetáculo Quase Memória no ano de 2012; tratava-se de obra de teatro-dança bastante delicada ilustrando fases da vida por meio de ações e objetos. No mesmo ano assisti ao infantil Bolo de Lobo. Em 2014 o autor nos surpreendeu com o forte cunho social de Condomínio Nova Era; na época escrevi sobre a dramaturgia dessa obra: “A prosa de Nóvoa literalmente tira poesia de escombros, seu linguajar é duro, às vezes cruel, mas não perde a ternura nem a compaixão pelas suas criaturas, compaixão esta que se materializa em Maria, a personagem melhor estruturada da trama. Sente-se falta da mesma consistência nas demais personagens que parecem não ter passado e só existir a partir da eminência da invasão do prédio Nova Era...”
        E eis que em 2016 o grupo nos oferece Entre Vãos voltando ao tema dos desabrigados de seus espaços por conta da especulação imobiliária. Aqui se trata de três pessoas que foram despejadas do Edifício São Vito que foi demolido em 2011. Cada uma delas vive como pode em cômodos espalhados pela cidade e sempre com a sombra de serem novamente desalojadas, sombra esta materializada pela presença de uma quarta personagem chamada Walquiria.
        O achado dramatúrgico é que as três histórias acontecem simultaneamente e que o público só poderá saber a relação entre as quatro personagens se assistir a todas elas. Pode-se usufruir individualmente de cada uma, mas a fruição só se completa ao se perceber a relação entre elas, no melhor estilo dos roteiros do cineasta Robert Altman. Esse trabalho representa um grande salto positivo na carreira do dramaturgo Victor Nóvoa. Falar mais sobre as tramas que envolvem Dona Anjo, a balconista da paleteria La Puta Madre,o livreiro e Walquiria seria estragar o prazer do espectador em juntar os dados desse criativo quebra cabeças dramatúrgico. Munidos de fone de ouvido os espectadores ouvem questões na viagem de metrô que o fazem relacionar este ou aquele passageiro real com a personagem de ficção que ele está acompanhando.
        As histórias acontecem ao mesmo tempo, cada uma tem percurso a pé e viagem de metrô e precisam terminar ao mesmo tempo nos vãos da Estação Sé. Para cuidar de todos esses elementos o grupo chamou o encenador Luiz Fernando Marques do Grupo XIX de Teatro que realizou trabalho primoroso não só na direção de cada cena, mas também na orquestração da logística complexa que envolve o espetáculo; neste último caso o grupo contou com a parceria do coletivo Um Cafofo que faz uso de tecnologia em suas obras artísticas.


        A cenografia de Marisa Bentivegna ilustra de maneira bastante significativa cada um dos ambientes: a casa de Dona Anjo na Barra Funda, a paleteria na Santa Cecília e o sebo no Centro. Também digna de nota é a trilha sonora composta por Carlos Zimbher, a qual se ouve durante o percurso a pé e na viagem de metrô.
        O trabalho dos atores é primoroso exigindo boa dose de improvisação uma vez que suas cenas são apresentadas em pequenos espaços com apenas 15 espectadores que são convidados a interagirem com a ação. A sofrida Dona Anjo tem momento especial da sensível Helena Cardoso; Laís Marques vive com muita emoção e intensidade a balconista grávida e Plínio Soares empresta dignidade ao seu decadente livreiro. E quanto a Ana Vitória Bella? Ela surge explosiva e com muita energia em momentos diferentes de cada história e para tanto percorre a cidade na garupa de uma moto, enfrentando trânsito, acidentes e até a polícia.

O grupo de criação do espetáculo

        Entre Vãos é espetáculo que precisa ser descoberto não só por sua originalidade, mas também por tocar em problemas socialmente importantes e urgentes. E não custa repetir: apesar de cada história se bastar, o prazer só será completo ao se assistir às três e se descobrir a relação entre elas.
        Em cartaz aos sábados e segundas feiras às 15h.
        Informações: www.adigna.com/entrevaos e telefone: (11)98846-6080.


12/05/2016

quarta-feira, 11 de maio de 2016

SOLIDÃO NO FUNDO DA AGULHA


        Estreou em 10/05/2016 no Teatro Eva Herz o espetáculo em que Ignácio de Loyola Brandão rememora passagens de sua vida que foram marcadas por canções que na cena são interpretadas pela sua bela filha Rita Gullo acompanhada ao violão por Edson Alves. A direção cênica e a iluminação são assinadas por Marcelo Lazzaratto.
        Durante pouco mais de uma hora o escritor nos delicia com histórias que envolvem antigos professores, aulas de canto orfeônico, exames orais no curso científico, o famoso strip tease de Rita Hayworth no filme Gilda, senhoras bordadeiras, sorveterias e docerias de Araraquara; coisas e fatos, muitos deles, desconhecidos das gerações atuais, mas que enterneceram e fizeram a alegria de todos os presentes: os contemporâneos de Brandão e os jovens.

Foto de Kyra Piscitelli

        Ao final do espetáculo tive a chance de conversar com o escritor e ler trecho do meu livro que reproduzo a seguir: “Durante os ensaios no Arena (1963), tomei contato com um texto que mexeu comigo, sobre uma tal Guiomar. Fiquei tão impressionado que copiei integralmente o mesmo (tenho esses papeis amarelados até hoje). Anos mais tarde, descobri que o texto era um trecho de um dos primeiros romances de Ignácio de Loyola Brandão, um ilustre desconhecido naquela época”. A seguir lhe mostrei as tais folhas amareladas, das quais reproduzo abaixo a primeira página.


        Talvez mais um “causo” para a rica coleção do agora muito ilustre  e conhecido autor.


        SOLIDÃO NO FUNDO DA AGULHA está em cartaz no Teatro Eva Herz às terças feiras às 21h até 26/07. IMPERDÌVEL para pessoas sensíveis.

terça-feira, 10 de maio de 2016

RUMOS – ITAÚ CULTURAL 2015-2016


UM OLHAR PARA A ÁREA DE TEATRO

        No dia 09 de maio de 2016 o diretor do Itaú Cultural, Eduardo Saron, anunciou os selecionados do Rumos 2015-2016. Houve 12.126 inscrições, as quais foram submetidas a uma pré-seleção realizada por avaliadores. Cerca de 500 projetos pré-selecionados foram avaliados pela Comissão de Seleção que escolheu 117, boa parte deles com temáticas sociais.
        No que se refere ao assunto “teatro” foram inscritos 2754 projetos (22,7% do total) dos quais foram contemplados 12 (10,3% dos 117). O acompanhamento desses projetos será feito por Galiana Brasil, Gerente do Núcleo de Artes Cênicas do Itaú Cultural.
        Segue a lista dos 12 projetos selecionados:

        - A Macabra Biblioteca do Dr. Luchetti (Paraná).
       - Bonecos, Dúvidas e Muitas Caixas: a Recuperação da História e do Acervo do Sobrevento em Seus Trinta Anos (São Paulo).
        - A Tríplice Fronteira/Yvy Maraey (Buenos Aires).
      - Caliban – Apontamentos sobre o Teatro de Nuestra América (Porto Alegre).
        - Cidade de Múltiplos Mapas (Rio Branco)
        - Figuras Mágicas (Recife)
        - Macunaíma Gourmet (Belo Horizonte)
        - Nos Trilhos Abertos de Um Leste Migrante (São Paulo)
        - Reator Eterno (Pará)
        - Solo de Quintal (Dourados)
        - Tratados de Mim Mesma na Infertilidade (Natal)
        - Un-Dead: Desmortais do Inominável (Fortaleza)

      Que o resultado desses projetos seja mais um passo para o desenvolvimento de nossas artes cênicas e cabe lembrar que há muitos projetos bastante interessantes nas outras áreas. Longa vida a essa iniciativa do Itaú Cultural.

                Mais detalhes no site: www.itaucultural.org.br



10/05/2016