Páginas

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

NZINGA

 

Entrar em contato com outras realidades, com outros lados da história e constatar como a rica cultura africana é desconhecida por quem cresceu ouvindo uma história que tudo fez para transformar os negros simplesmente nos escravos africanos que vieram para as Américas. Esse é apenas um dos méritos do belíssimo Nzinga, oriundo de ampla pesquisa realizada por Aysha Nascimento, Bruno Garcia e Flávio Rodrigues.,

A rica ficha técnica que inclui nomes como Dione Carlos (dramaturgia), Eduardo Okamoto (orientação artística), Salloma Salomão (direção musical), Val Ribeiro (preparação corporal), Wagner Pinto (desenho de luz), Julio Dojscar (cenografia) e Silvana Marcondes (figurino) revela o cuidado da produção em contar a história de Mwene Nzinga e seu irmão Ngola Mbandi, realezas da região centro-africana no século XVII (Angola e Congo eram as maiores “fornecedoras” de escravos para os portugueses nessa época)

Tudo é novo e surpreendente para um espectador que desconhece a cultura africana e grande parte desse deslumbramento deve-se à fantástica performance de Aysha Nascimento revelando por meio da expressão corporal e de suas falas toda a realeza e a grandeza de Nzinga e da mulher africana. Flávio Rodrigues representa o irmão Ngola Mbandi.

Cabe destacar a original trilha sonora original assinada por Salloma Salomão e Gui Braz, os figurinos de Silvana Marcondes, assim como o trabalho de todas/todos profissionais citados na ficha técnica. 

NZINGA está em cartaz na Sala Experimental do SESC Pompeia só até este fim de semana.

CORRA porque são só 40 lugares. 

03/08/2022

Nenhum comentário:

Postar um comentário