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quinta-feira, 29 de setembro de 2022

MASTER CLASS – POÉTICAS DA ATUAÇÃO

 

Lee Taylor, ainda como Thalor, teve carreira brilhante como ator junto ao Grupo Macunaíma dirigido por Antunes Filho onde estreou em 2006 já como o protagonista Quaderna no memorável As Pedras do Reino. Reforce-se que suas participações nos espetáculos de Antunes foram todas memoráveis: Misael em Senhora dos Afogados (2008), Malandro em Foi Carmen (2008), Tuninho em A Falecida Vapt Vupt (2009), culminando com a antológica interpretação do papel título de Policarpo Quaresma (2010). Para este espetáculo Lee insistiu com Antunes para que em determinado momento o personagem sapateasse ao som do Hino Nacional. A princípio o diretor resistiu à ideia. Lee ensaiou bastante a cena e volta e meia a apresentava a Antunes nos ensaios, até que este concordou em incorporá-la à peça, sendo que a mesma se tornou um momento mágico, onde Lee era aplaudido em cena aberta em todas as apresentações. Já reproduzi a foto acima em outra matéria deste blog, mas nunca é demais estampá-la mais uma vez por seu valor histórico e pelo símbolo do que é uma atuação participativa e criativa, assunto da presente série.

O Núcleo de Artes Cênicas (NAC) foi criado em 2013 por Lee, que agora grafa seu sobrenome com Taylor.

Com a criação do NAC, Lee se afasta por um tempo da atuação atuando como líder do grupo, dirigindo e ministrando aulas de interpretação.

Volta à interpretação apenas em 2016 sob a direção de Cibele Forjaz como Garga em Na Selva das Cidades e em 2022 está no elenco de Rodeio, ainda em início de processo de montagem pelo Teatro da Vertigem.

O grande ator faz falta em nossos palcos e um retorno a eles é sempre bem-vindo, mas Lee não se acomoda à frente do NAC e prova disso é a realização dessas palestras reunidas com o título de Master Class-Poéticas da Atuação, onde figuras icônicas do nosso teatro como Zé Celso Martinez Corrêa, Maria Thaís, Cacá Carvalho, Alexandre Mate, Marcio Abreu e Antônio Januzelli discorrem livremente durante cerca de uma hora sobre o tema proposto.

Na noite de ontem assisti à palestra de Alexandre Mate, meu Mestre, meu orientador e meu grande amigo! Com a erudição e a sofisticação sem afetação sempre presentes em suas falas, Mate deu uma saborosa aula para aqueles que fazem e/ou amam o fazer teatral.


Por questões de agenda só poderei assistir à fala do também querido Janô, mas não deixarei de assistir às outras palestras que, segundo Lee, logo mais estarão disponíveis on line.

A série está sendo apresentada nesta semana no  Cine Bijou que em boa hora volta a estar em atividade graças aos esforços dos Satyros Rodolfo García Vázquez e Ivam Cabral.

29/09/2022

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