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domingo, 3 de junho de 2012

SOLIDÃO A DOIS – FRAGMENTOS


                Onde a solidão dos quadros de Hopper?
                Onde a tristeza e o vazio que emanam das obras de Boltanski?

                Onde a dramaticidade e as indagações existenciais dos livros de Dostoievski? O grupo Epifania Companhia de Teatro declara no programa da peça, ter tomado como ponto de partida as obras desses três artistas, porém, salvo alguns trechos  da obra do escritor russo, o que se passa em cena é uma infindável dança de cadeiras arrastadas pelo elenco e um suceder de black-outs separando cenas estáticas de outras  sem nenhuma ação que não remetem cenicamente ao universo  de solidão dos inspiradores do grupo.  Não foi desta vez que o grupo provocou no público a aparição divina que lhe empresta o nome.


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