terça-feira, 1 de abril de 2025

UM TARTUFO e A MAGIA DO TEATRO


     A “Companhia Teatro Esplendor” do Rio de Janeiro para comemorar seus 15 anos de existência resolveu montar um clássico do teatro francês escrito em meados do século XVII: Tartufo de Molière (1622-1673). 

     Nos ensaios o diretor Bruce Gomlevsky propôs ao grupo que improvisasse as cenas sem se ater ao texto escrito, recurso bastante usado nesse estágio do processo criativo.

     Algo que ninguém esperava é que essas improvisações evoluíram de tal maneira que estavam superando o que poderia resultar em uma montagem tradicional. 

     Só a magia do teatro e o talento e a criatividade daqueles que o fazem podem explicar o resultado arrebatador desse processo: UM TARTUFO! 

     Gomlevsky transformou um clássico em um dos espetáculos mais radicais e contemporâneos que os nossos palcos já viram, sem ser infiel ao conteúdo original, mas recriando-o e atualizando deixando claro os perigos do fanatismo e da crença em falsos mitos ,tão em voga no Brasil de hoje.

     O impacto visual do início remete às encenações de Tadeuz Kantor (em especial a “A Nossa Classe”) para enveredar, a seguir, para o expressionismo alemão. estética que acompanha todo o espetáculo, nas cores dos figurinos, do cenário e na caracterização do elenco. A potência da encenação é reforçada pela trilha sonora realizada a partir das músicas do compositor esloveno Borut Krzisnik  que evolui junto com a movimentação corporal precisa do elenco. O resultado é eletrizante.

     A história do fanático e servil Orgonte e do seu explorador, o falso monge Tartufo, é contada sem uma única palavra e torna-se compreensível mesmo para quem não conhece o original de Molière.

     Em uma coreografia precisa e harmônica o elenco movimenta-se no palco de maneira brilhante.

     Pela importância dos papéis de Orgonte (Gustavo Damasceno que já havia interpretado “Outra Revolução dos Bichos”) e de Tartufo (impressionante caracterização de Yasmin Gomlevsky) tornam-se os destaques, mas é importante ressaltar a excelência de Thiago Guerrante, Ricardo Lopes, Victoria Reis, Glauce Guima, Lucas Garbois e Gustavo Luz nos demais papéis.

     “Um Tartufo” não é apenas para ser recomendado pelas suas inúmeras qualidades, mas para alertar que se trata de uma experiência poucas vezes vista em nossos palcos e que deve obrigatoriamente ser vista por aqueles que se interessam pelos possíveis caminhos das artes cênicas.

     A peça cumpriu uma curta temporada em quatro fins de semana no Teatro D Jaraguá, mas urge que volte ao cartaz em São Paulo pelo seu alto valor artístico e renovador.

     31/03/2025


domingo, 30 de março de 2025

GENTE É GENTE?



UM POUCO DE HISTÓRIA, NÂO FAZ MAL A NINGUÉM

     Um homem comum é seduzido e manipulado pelo poder, pelo dinheiro e pela ideologia da guerra. Em 1925, época difícil da entre guerras na Alemanha, Bertolt Brecht (1898-1956) escreveu “Um Homem É Um Homem” mostrando a transformação que o cidadão Galy Gay sofre por não saber dizer não e não ter opinião própria. A peça foi montada em São Paulo em 1971 com direção de Emílio Di Biasi e em 2006 com o Grupo Balcão, dirigida por Paulo José.


2025

     Claudia Barral transforma a Viúva Begbick na cafetina Amorosa, Galy Gay no motorista de aplicativo Gesualdo Brilhante que à vista de todos se transforma em Jeremias Leite devido ao assédio dos militares. O homem pacífico sai de casa para comprar peixe e se torna um soldado, tão sanguinário como seus colegas; isso tudo em cenário carnavalesco bem brasileiro. Qualquer semelhança com a manipulação sofrida por parte do povo brasileiro em tempos recentes, não é mera coincidência, afinal também estamos numa entre guerras, sabe-se lá o que nos espera em 2026!  O texto de Barral é contemporâneo, mas não trai a estrutura da peça de Brecht que lhe inspirou. Sabiamente, no título, ele trocou “homem” por “gente” e colocou um instigante ponto de interrogação ao final.

     O cenário formado por emaranhado de fios de Márcio Medina, os figurinos de Cássio Brasil e a saborosa trilha sonora de Zeca Baleiro formam o tripé que colabora com a direção colorida e contagiante de Marco Antonio Rodrigues.

     O bom elenco completa a encenação, com boas cenas de grupo com destaque para Dagoberto Feliz, Paulo Américo como Gesualdo/Jeremias (ele divide esse papel com Ailton Graça) e todas as honras para mais uma memorável interpretação da Nábia Villela, emprestando sua potente voz e sua presença cênica para compor a cafetina Amorosa (papel que foi de Cleyde Yáconis em 1971).

     "Gente É Gente?" faz jus a toda boa encenação que carrega como inspiração o dramaturgo Bertolt Brecht, divertindo, mas fazendo pensar sobre os desmandos da contemporaneidade.


     GENTE É GENTE? está em cartaz no SESC Vila Mariana dec29 de março a 04 de maio de quinta a sábado às 21h e aos domingos às 18h.


     30/03/2025


sexta-feira, 28 de março de 2025

NÃO ME ENTREGO, NÃO!

 



     A exceção confirma a regra, há trinta atrizes brasileiras de talento nascidas no século XX para cada ator com as mesmas qualidades. Procure enumerar de memória os nomes delas e deles e veja se não tenho razão. 

     Ao fazer esse exercício com certeza um dos primeiros nomes masculinos a surgir é o de Othon Bastos. Sua trajetória tão bem contada no presente espetáculo começa em 23 de maio de 1933, dia em que nasceu na cidade de Tucano, na Bahia passando por fases da vida e por espetáculos importantes do qual participou.

     Othon Bastos entregou para Flavio Marinho uma sacola de supermercado com documentos, fotos, programas que fizeram parte de sua trajetória. Marinho elaborou um sofisticado texto teatral introduzindo a figura da Memória que ajuda o ator a contar sua história de maneira lúdica e bem humorada. São quase duas horas de puro prazer diante dessa lição de teatro e de vida.

     Pessoalmente, a primeira vez que me vi diante desse grande ator não foi ao vivo, mas através do cinema. Othon brilhava como Corisco em “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964) de Glauber Rocha ao responder à chamada de Antônio das Mortes: “Se entrega Corisco!” com “Eu não me entrego, não”, que cabe tão bem como título deste espetáculo.

     Foi no Teatro Oficina que percebi o seu grande talento, primeiro em um papel secundário (Segredo) em “Galileu Galilei” (1968) e depois na explosão de “Na Selva das Cidades” (1969) onde se digladiava em cena com outra exceção, o grande Renato Borghi.

     A partir daí foram muitos os trabalhos no cinema e no teatro relembrados por Othon, citando grandes figuras que o dirigiram e aquelas com quem contracenou. Citou Zé Celso Martinez Corrêa, para ele o maior diretor do teatro brasileiro. Em momento particularmente emocionante a Memória vai citando nomes e ele responde com “Presente!”. Difícil conter as lágrimas.

     O recurso dramatúrgico da Memória é bom, mas o ator poderia prescindir disso pois tem uma lucidez e uma memória impressionantes; louve-se também sua garra e vitalidade em cena, chegando até a ensaiar alguns passos de dança, quando como Lopakhine comemora a compra de jardim das cerejeiras na peça de Tchekhov encenada no Rio de Janeiro em 1990.

     Juliana Medela tem presença marcante como a Memória, alinhavando com humor as várias fases da vida de Othon. 

     Quanto à interpretação de Othon Bastos, haveria necessidade de muitas laudas para louvar sua carismática presença em cena.

     O cenário da peça reproduz grandes momentos da carreira de Othon Bastos no teatro e no cinema.

     Não tenho dúvida em afirmar que estamos diante de um dos mais importantes espetáculos do nosso teatro, que deveria fazer parte do currículo dos cursos de pós graduação de toda escola de teatro que se preze.

     Repito: É UMA GRANDE LIÇÂO DE TEATRO E DE VIDA

     Um rápido bate papo com Othon Bastos ao final do espetáculo mais uma vez comprovou sua simpatia, sua lucidez e sua memória sobre os grandes espetáculos de sua carreira.





     A peça está em cartaz no SESC 14 Bis apenas até 21 de abril com sessões de quinta a sábado às 20h e domingos às 18h. Sessão no dia 21/04 às 15h.

     A informação é que todas as sessões estão esgotadas, mas não perca a esperança, vá até lá e lute por um lugar ao sol.


     

28/03/2025


domingo, 16 de março de 2025

A GAIVOTA MITsp 2025



1, A título de introdução

     Anton Tchekhov (1860-1904) é um autor bastante frequente nos palcos paulistanos. Nos meus registros ele comparece pela primeira vez em 1972 com a agônica versão de “As Três Irmãs” realizada por José Celso Martinez Corrêa e a partir daí foram mais de quarenta espetáculos com textos de sua autoria, ou adaptações dos mesmos e a peça mais escolhida pelos encenadores é “A Gaivota”, talvez por tratar também de assuntos relativos às artes cênicas.

     Entre as montagens mais bem sucedidas desse texto é necessário lembrar daquela inesquecível dirigida por Chiquinho Medeiros em 1994, de “Da Gaivota” de 1998, dirigida por Daniela Thomas e da memorável adaptação realizada por Enrique Diaz em 2007, com o sub título de “Tema Pra Um Conto Curto”.


     2. A Gaivota dirigida por Guillermo Cacace na MITsp 2025

     E estamos diante de mais uma adaptação memorável do texto de Tchekhov, talvez a mais radical, e com a capacidade de nos deslumbrar e tirar do chão como toda verdadeira obra de arte. Quem assina a adaptação é Ignacio Fernandez.

     Cinco atrizes sentadas em uma mesa, cercadas de espectadores por todos os lados interpretam as cinco personagens principais da peça: a matriarca Arkádina, seu filho Kóstia, a criada Masha, Boris Trigorin, namorado de Arkádina e Nina, a moça com pretensão de ser atriz.

Arkádina e Kóstia

Masha

Boris Trigorin

     Classificar a interpretação das cinco atrizes de excepcional é pouco. Trata-se de uma verdadeira aula da arte de interpretar pouco vista em nossos palcos. São sempre as mulheres as verdadeiras joias do teatro. Desconhecendo a relação atriz/personagem, apenas cito os nomes delas: Raquel Ameri, Marcela Guerty, Clarissa Korovsky, Romina Paduan e Muriel Pago. Todas maravilhosas, sem distinção.

     A direção do argentino Guillermo Cacace é precisa e concentra toda a atenção no trabalho das atrizes, sem descuidar da ótima trilha sonora presente nos intervalos da ação e da iluminação da cena.

     Ao se ouvir o tiro que anuncia a morte de Kóstia e o final da peça, a ação continua por alguns momentos além do original de Tchekhov permitindo mostrar o desespero de Arkádina diante do filho morto. 

     As luzes da plateia acendem, as atrizes permanecem com o semblante trágico do fim da peça. Por quase cinco minutos o público permanece em silêncio se solidarizando com a dor daquelas personagens. Com os primeiros aplausos as atrizes saem das máscaras das personagens e agradecem a ovação do público.

     Se a MITsp tivesse trazido apenas este fantástico espetáculo e o moçambicano “Vagabundus” já teria cumprido o seu papel.

     A peça está sendo encenada na cúpula do Theatro Municipal. São apenas 120 lugares e tem muita gente da fila da espera frustrada por não conseguir entrar, por isso vale a pena ir mais cedo para conseguir assistir a este verdadeiro tesouro do teatro.

     Últimas sessões nos dias 17 e 18 às 19h.


     Notas:

     - Havia muitas pessoas do SESC presentes. Quem sabe eles se inspiram pra trazer esse espetáculo para uma temporada maior ou talvez no Mirada de 2026.

     - Outra ideia seria uma montagem local dessa criativa adaptação/encenação.

     - Minha posição em relação à atriz não permitiu que eu fotografasse Nina.

     

16/03/2025


segunda-feira, 10 de março de 2025

O SONHO AMERICANO

 

     Em boa hora, em 2025, nossas artes voltam a se exprimir para denunciar os desmandos da ditadura militar que dominou o país por mais de 20 anos e para alertar sobre os perigos da ascensão da extrema direita e do bolsonarismo que estão rondando por aí querendo a volta da ditadura.

     No cinema foi a vez de “Ainda Estou Aqui”. No teatro já vimos “O Ninho” de Newton Moreno, “Verme” de Luiz Campos, “O Sonho Americano” de Luiz Carlos Checchia e em maio teremos a estreia de “Lady Tempestade” de Silvia Gomez inspirado nos diários de Mércia Albuquerque, professora primária e advogada pernambucana que lutou contra a ditadura, auxiliando presos políticos e denunciando a famigerada tortura que corria solta nos porões militares.

     Esses espetáculos dignificam o ser humano, sendo  libelos contra a barbárie.

     Se eles forem capazes de abrir os olhos de uma parte da população que ainda chama aquele ser abominável de mito, estarão cumprindo com honra e coragem o seu papel na história deste país.


     Sobre “O Ninho” e “Verme” já escrevi a respeito, “O Sonho Americano” está em cartaz no aconchegante Teatro Studio Heleny Guariba, conservado há tantos anos pela guerreira Dulce Muniz.


     Escrito e dirigido por Luiz Carlos Checchia, “O Sonho Americano” mostra os estragos que a ditadura provocou no seio de uma família unida e aparentemente feliz: um sobrinho muito querido pede abrigo da casa da tia e da prima e revela que corre perigo porque participou da luta armada (a ação se passa nos terríveis anos 1970). A prima que ganhou uma bolsa para estudar nos Estados Unidos, vê seu sonho americano ameaçado pela presença do primo e acaba o denunciando para os órgãos da repressão. 

     A peça de Checchia tem um início brilhante com diálogos ágeis bem construídos entre a tia, o sobrinho e a prima. Na segunda parte os agentes da repressão vêm até a casa e expõem suas truculências até a exaustão alongando desnecessariamente a peça, pois o público já percebeu as figuras odiosas que eles são. Em uma espécie de epílogo há ainda uma confissão melodramática da mãe para a filha.

     Um elenco coeso interpreta de forma naturalista as cinco personagens da peça: Cristina Bordin interpreta com muita garra a mãe/tia que tem uma posição definida em relação à política; Camila Costa Melo é a filha/prima e apesar de exagerar nas expressões faciais tem um bom desempenho exteriorizando suas dúvidas em relação à posição tomada (a delação); Gabriel Santana é o primo Bento, pivô de toda a trama e o faz com muito talento, além de ser uma bela presença em cena; Rubem Pignatari tem garra ao interpretar o truculento agente da repressão e Flávio Passos é um investigador gago que usa métodos mais científicos para lidar com suas vítimas.

     O cenário da peça é a sala da casa coberta de molduras com fundo preto que podem representar o luto ou a tentativa de esconder o passado.

     No meu ponto de vista um corte de alguns minutos na cena dos repressores faria muito bem para o resultado final.

     Vamos relembrar o passado e lutar para que suas coisas más não se repitam! LEMBRAR É RESISTIR!


     O SONHO AMERICANO está em cartaz no Teatro Studio Heleny Guariba até 390 de março aos sábados às 20h e aos domingos às 19h.


     10/03/2025


domingo, 9 de março de 2025

VERME

     É preciso por o dedo na ferida e raspar.

    Foi isso que Luiz Campos, da Cia. Los Puercos, fez com muita coragem ao narrar a sua dolorosa experiência durante os sete anos em que esteve no militarismo em um texto poderoso de teatro documentário. Ele mostra sua infância, o sonho romântico de ser soldado e a decepção com a carreira militar ao presenciar tanta agressão, tanta autoridade tacanha e tantas injustiças. Ao se desligar do exército o autor optou pela carreira teatral.

     Texto bastante potente e corajoso recebeu uma tradução cênica irregular onde pouco se sente sua potência e coragem. Técnicas de teatro documentário, como projeções de documentos, narrações e não só interpretações dos atores, ficaram em segundo plano enfraquecendo o resultado final. Problemas de ritmo na apresentação a que assisti também comprometeram a fruição do espetáculo.

     Luiz como protagonista da própria história alcança um bom resultado interpretativo, fato que não acontece com os outros intérpretes, principalmente com as duas atrizes que não têm o tipo físico indicado para os seus papéis. Conheço o talento de Giovanna Marcomini de outras montagens, no entanto aqui, ao interpretar um truculento chefe militar, ela não rende em cena, tanto por seu tipo físico como pelo caráter naturalista dado à personagem.

     Esses senões, todos passíveis de eliminação, não impedem que se recomende o trabalho, realizado com cuidado profissional e muita dignidade. E mais que isso, muito necessário nestes tristes dias em que vemos a truculência da extrema direita batendo à nossa porta.

     Ah! Não custa lembrar que foi uma criança que usou o nome que dá título à peça para definir um militar autoritário.

VERME está em cartaz na Casa de Teatro Maria José de Carvalho às sextas e sábados às 20h e aos domingos às 19h até 30 de março.

09/03/2025



sábado, 8 de março de 2025

DAS TRIPAS: SETE HISTÓRIAS

     Mesmo que se conheça o talento dos grandes artistas, eles sempre têm a capacidade de nos surpreender e nos tirar do chão. É assim com Mariana Muniz e Clara Carvalho a cada novo trabalho que trazem à luz. 

     Agora nos apresentam esse belo espetáculo a partir dos contos da escritora pernambucana Ezter Liu, que deve se inspirar em casos reais vividos em sua profissão de policial. Mariana interpreta e Clara dirige.

Escritas na terceira pessoa, as histórias são narradas pela atriz ao mesmo tempo em que ela as interpreta com seu gestual poderosíssimo: presenciamos em cena ao milagre de uma só pessoa narrar com a voz, ao mesmo tempo que interpreta com o corpo.

Uma pequena mudança nos cabelos ou no figurino (belo e funcional de Marichilene Artisevskis) é suficiente para que Mariana migre de uma para outra história.

A delicadeza de Clara Carvalho está presente na sensível direção que foca toda a atenção no trabalho da atriz, valendo-se de um espaço cênico quase vazio criado por Júlio Dojscar, pela bela iluminação de Wagner Pinto e pela poderosa trilha sonora de autoria de Mau Machado que pontua a movimentação da atriz nas passagens de uma história para a outra.

Esse trabalho já havia sido apresentado virtualmente em junho de 2021, durante a pandemia, mas agora mostra todo seu esplendor ao vivo, com a presença do público, renascendo e morrendo a cada apresentação como tem de ser o verdadeiro teatro.

Quem viu no virtual talvez não tenha se deslumbrado com as formigas dizimando a casa da Dona Rosa e outros tesouros que só o teatro pode oferecer. Confira!!

DAS TRIPAS: SETE HISTÓRIAS está em cartaz no Teatro Sérgio Cardoso em curtíssima temporada até 16 /03 às sextas, sábados e domingos às 19h.

NÂO DEIXE DE VER!

08/03/2025