ERA UMA VEZ:
- Quatro talentosos jovens atores à
procura de um autor cuja peça estivesse à altura de “O Avesso da Pele”,
espetáculo de enorme sucesso montado por eles em 2023.
ERA UMA VEZ:
- Um famoso autor/diretor à procura de elenco para remontar uma peça sua que foi a coqueluche do ano 2000 no Brasil Inteiro e que tinha quatro jovens no elenco.
Os deuses do teatro não se fizeram de rogados e promoveram o encontro do Coletivo Ocutá com João Falcão e o milagre do teatro novamente aconteceu e está aí A MÁQUINA em cartaz no Teatroiquê.
O livro em que se baseia a peça de
autoria de Adriana Falcão é um achado de originalidade e a adaptação teatral de
João Falcão amplia ainda mais a criatividade do livro. A história é só
aparentemente simples: Antônio, habitante de Nordestina, uma pequena cidade do
interior do Brasil, viaja no tempo à procura de um mundo melhor para trazer
para sua amada Karina. O tema “tempo” é muito caro para João Falcão como já
havia acontecido com “A Dona da História” em 1999.
Antônio é interpretado pelos quatro
atores que se revezam entrando e saindo de cena em um ritmo alucinante.
Cenograficamente a montagem (João
Falcão e Vanessa Poitena) é bastante parecida com a original (João Falcão e
Denis Nascimento) com um tablado redondo giratório e quatro entradas/saídas do
elenco entre as arquibancadas. Tudo isso em um amplo galpão do excelente
Teatroiquê.
Como já haviam amplamente demonstrado em “O Avesso da Pele” os integrantes do Coletivo Ocutá, Alexandre Ammano, Bruno Rocha, Marcos Oli e Vitor Britto têm muito talento e excelente preparo físico fazendo de suas movimentações em cena quase um balé. "Ocutá" significa "pedra preciosa" em Iorubá.
A preparação corporal está
a cargo de Gustavo Falcão, que havia interpretado um dos Antônios na montagem de 2000.
Agnes Brichta (filha de Vladimir
Brichta, que participou da primeira montagem) tem uma delicada participação em
cena e, se minha memória não falha, a personagem tem papel mais relevante do
que em 2000, dando um bem-vindo empoderamento para a mulher (Karina).
A montagem surge em cuidada produção com
figurinos de Chris Garrido, iluminação de Cesar de Ramires, música original de
DJ Dolores, trilha sonora de Ricca Viana e João Falcão e som harmoniosamente
desenhado por Raul Teixeira, Edézio Aragão e Thiago Schin.
Bendito é o teatro brasileiro e
privilegiados são os espectadores paulistanos que neste ano de 2025 puderam
assistir a espetáculos memoráveis como “Cais ou da indiferença das Embarcações”
(reprise) “Não Me entrego, Não”, “Restinga de Canudos”, “O Céu da Língua”, “Lady
Tempestade”, “Velocidade” e agora esse verdadeiro momento mágico chamado A
MÁQUINA!
O espectador termina a apresentação encantado e já pensando quando vai assistir de novo!
Longa vida ao Coletivo Ocutá, essa pedra preciosa que surgiu em nossos palcos!
A MÁQUINA está em cartaz no
Teatroiquê: quinta e sexta (21h), sábado (18h e 21h), domingo (18h).
IMPERDÍVEL!
Adultos e crianças vão se encantar com essa maravilha.
14/10/2025
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