quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

A PALMA

 

Planetas ou estrelas?

Os planetas não tem luz própria e só a refletem. As estrelas têm luz natural e a emitem.

É por isso que nas artes se convencionou chamar de estrelas e astros aquelas/aqueles artistas que brilham em suas áreas de atividades e emitem uma energia luminosa tão poderosa que iluminam aqueles que a recebem: nós, espectadores planetas.

Lembrei disso ao assistir a “A Palma”, texto de Claudia Barral e Marcos Barbosa feito sob medida para Gilda Nomacce, Verônica Valentino e Donizeti Mazonas brilharem: são três intérpretes à beira de um ataque de nervos que se apoiam um no outro em busca de soluções para seus problemas financeiros, artísticos e pessoais. Todos com os nervos à flor da pele.

Verônica tem possante presença em cena; Donizete, sempre excelente, surpreende na demonstração de rara energia física e Gilda é sempre uma presença luminosa em cena, quer lembrando a Blanche Dubois de “O Bonde Chamado Desejo” em certos momentos, ou a Norma Desmond de”Sunset Boulevard” em outros.

Na direção Mariano Mattos Martins orquestra a performance dos três artistas com muito equilíbrio, valendo – se também da ótima cenografia de Paloma Mecozzi que utiliza espaços raramente visitados do palco do Capobianco, da iluminação sempre surpreendente de Wagner Antônio, dos figurinos bastante variados de Rogério Romualdo e da trilha sonora de Negro Leo.

“A Palma” é um espetáculo que se assiste com muito prazer.

Em cartaz no Instituto Capobianco: sexta e sábado 20h e domingo 18h até 01/02/2026. Não haverá apresentações entre 22/12/2025 e 15/01/2025. 

17/12/2025

 

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