Planetas ou estrelas?
Os planetas não tem luz própria e só a
refletem. As estrelas têm luz natural e a emitem.
É por isso que nas artes se convencionou
chamar de estrelas e astros aquelas/aqueles artistas que brilham em suas áreas
de atividades e emitem uma energia luminosa tão poderosa que iluminam aqueles
que a recebem: nós, espectadores planetas.
Lembrei disso ao assistir a “A Palma”,
texto de Claudia Barral e Marcos Barbosa feito sob medida para Gilda Nomacce,
Verônica Valentino e Donizeti Mazonas brilharem: são três intérpretes à beira
de um ataque de nervos que se apoiam um no outro em busca de soluções para seus
problemas financeiros, artísticos e pessoais. Todos com os nervos à flor da
pele.
Verônica tem possante presença em
cena; Donizete, sempre excelente, surpreende na demonstração de rara energia
física e Gilda é sempre uma presença luminosa em cena, quer lembrando a Blanche
Dubois de “O Bonde Chamado Desejo” em certos momentos, ou a Norma Desmond
de”Sunset Boulevard” em outros.
Na direção Mariano Mattos Martins
orquestra a performance dos três artistas com muito equilíbrio, valendo – se
também da ótima cenografia de Paloma Mecozzi que utiliza espaços raramente
visitados do palco do Capobianco, da iluminação sempre surpreendente de Wagner
Antônio, dos figurinos bastante variados de Rogério Romualdo e da trilha sonora
de Negro Leo.
“A Palma” é um espetáculo que se
assiste com muito prazer.
Em cartaz no Instituto Capobianco: sexta e sábado 20h e domingo 18h até 01/02/2026. Não haverá apresentações entre 22/12/2025 e 15/01/2025.
17/12/2025

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