Felipe Haiut é uma pessoa extremamente
simpática e comunicativa e conquista o público desde o início do espetáculo
quando, sentado diante da plateia relata as agruras de uma criança viada de
maneira descontraída e até com pitadas de humor.
O drama daquele menino começa aos
cinco anos quando o pai chora ao ver seu modo de sentar. Daí em diante sua vida
é um suceder de escândalos ao sonhar ganhar uma Barbie de presente, não saber a
escalação do time de futebol que o pai torce e chorar por qualquer coisa.
Os pais encaminham o menino para uma
psicóloga que ironicamente tem a dualidade de gênero no nome, chama-se Maria
José. A experiência é traumática para a criança que se vê obrigada a levar uma
vida contrária a seus instintos e desejos. O curioso é que essa atitude
repressora da família tinha um fundo de proteção para que ele não fosse motivo
de chacota no mundo perverso e preconceituoso que se vive.
Após essa tocante introdução Felipe
mostra como se libertou dessas amarras para viver plenamente a vida. E o teatro
lhe ajudou muito no processo de libertação.
Felipe dança, canta, se envolve
simpaticamente com o público que até aprende a cantar um axé (Coco Melado)
inspirado no fato dele ter ganho o concurso de Mini Jacaré em Salvador.
“Selvagem” tem a propriedade de fazer
o público refletir sobre a educação de uma criança e ao mesmo tempo se deleitar
com as peripécias do carismático Felipe Haiut.
O texto da peça foi publicado pela Editora
Cobogó.
Lotação esgotada em todas as sessões e
os aplausos calorosos do público demonstram o sucesso que Felipe vem fazendo em São Paulo.
SELVAGEM está em cartaz no Mi Teatro
(Rua Pamplona, 310) até 03 de junho. Segunda, sexta e sábado 20h/domingo 18h.
26/05/2025
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