Eu terminei a matéria que escrevi
sobre “A Máquina” quando a assisti pela primeira vez em 13/10 com esta frase:
“O espectador termina a apresentação
encantado e já pensando quando vai assistir de novo!”
E assim aconteceu em 24/10:
Assistir pela segunda vez a esta nova
montagem de A MÁQUINA foi redobrar a emoção sentida, foi redobrar a crença que
teatro vale a pena, redobrar a atenção
para as tantas camadas da trama, redobrar os aplausos para o engenhoso livro de
Adriana Falcão maravilhosamente adaptado para a cena teatral por João Falcão e
por ele dirigido, redobrar os aplausos também para a deliciosa participação de
Agnes Brichta como a “mocinha” e finalmente redobrar meu entusiasmo por esses
meninos que formam o Coletivo OCUTÁ e que brilham em cena desdobrando-se na
criação da personagem Antônio da Dona Nazaré; são eles: Alexandre Ammano, Bruno
Rocha, Marcos Oli e Vitor Britto.
Esse tesouro teatral está em cartaz no
Teatroiquê situado em um imponente edifício cultural no Butantã. Parece, mas
não é difícil chegar por metrô até a Estação Butantã seguido de um aplicativo
até o teatro ou tomando o ônibus Jardim Maria Luísa na Avenida Paulista,
descendo a uma quadra do teatro.
GARANTO que a viagem vale a pena.
O espaço cênico está localizado em um
imenso galpão com quatro arquibancadas que comportam 220 espectadores. Pelas
quatro entradas entre as arquibancadas o elenco entra e sai da cena que é
formada por um tablado redondo giratório. Existe tanta beleza e tanto dinamismo
na movimentação dos intérpretes que é difícil descrever isso em palavras. Só vendo!
Só vendo!!
Vinte cinco anos separam esta montagem
da original que contou com a presença de Wagner Moura, Gustavo Falcão (que
agora assina a codireção), Lazaro Ramos, Vladimir Brichta e Karina Falcão. A
atual conserva o frescor e a beleza daquela de 2000.
O tempo, tema tão caro a João Falcão, é
o centro desse mágico espetáculo.
Faço minhas algumas palavras do texto:
“Antônio viaja no tempo mesmo.
Não é Antônio?
É.
Viajou.
Foi meio demorado, mas chegou.
Seja bem-vindo.
Daí conte sua história de novo que o
povo daqui
também merece saber”
E Antônio conta sua saga para um público apaixonado.
Você, pessoa sensível que ama as artes
e o teatro, não pode ficar indiferente e ausente dos momentos mágicos
oferecidos por este espetáculo que honra e enriquece a história do teatro
brasileiro.
Garanto que não há nenhum exagero nisso que acabo de escrever. É só conferir lá no Teatroiquê às quintas e sextas (21h), aos sábados (18h e 21h) e domingos (18h) até dezembro.
25/10/2025



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