Entre os dias 26 de
março e 7 de abril acontece a 22ª edição do Festival de Curitiba. Em coletiva
realizada no Itaú Cultural de São Paulo em 30 de janeiro, o diretor geral do
festival Leandro Knopfholz apresentou a programação do mesmo.
Além de uma série de
eventos paralelos, as estrelas do festival são a Mostra Oficial e o Fringe.
A Mostra Oficial -
com curadoria de Celso Curi, Lúcia Camargo e Thania Brandão - vai apresentar 32
espetáculos, tendo cerca de 10 estreias nacionais. Haverá ainda a apresentação
de três espetáculos internacionais, cuja maior surpresa parece ser uma produção
coreana de Mãe Coragem de Bertolt
Brecht (Pansori Brecht-Ukchuk-Ga). O
restante da Mostra é formado por espetáculos já testados em seus locais de origem
(a maioria proveniente de São Paulo e do Rio de Janeiro). Segundo Knopfholz, a
curadoria procurou privilegiar encenações com fusão de linguagens, espetáculos
de grupo e de companhias estáveis, além de contemplar a dramaturgia que se faz
no Brasil na contemporaneidade. A Mostra será aberta com Homem Vertente, produzido em parceria com a companhia argentina Ojalá e interpretado por atores
curitibanos.
A grade da Mostra
pode ser conferida no site do Festival:
Os ingressos custam R$60,00 e
serão vendidos a partir do dia 06 de fevereiro.
O Fringe é
composto por espetáculos profissionais e não tem curadoria. Inspirado no
Festival Internacional de Edimburgo, começou modestamente em 1998 com sete
montagens e nesta 16ª edição atinge a surpreendente cifra de 370 espetáculos
(67 de rua), envolvendo 2500 artistas e ocupando 64 espaços de apresentação. É
no Fringe que estão as maiores surpresas do Festival: nesse mar de opções e
baseando-se apenas na sinopse e na ficha técnica, o espectador escolhe o
espetáculo a que vai assistir quase sempre no escuro e baseado em sua intuição.
Dentro do Fringe há ainda Mostras Especiais, sendo um destaque deste ano a
Mostra Baiana, com curadoria de Wagner Moura, promovida pela Fundação Cultural
do estado da Bahia (FUNCEB), apresentando sete montagens e lançando o Kit de Difusão do Teatro da Bahia, que reúne informações sobre 28
montagens teatrais baianas. Esse tipo de iniciativa é extremamente salutar para
que se conheça um pouco mais daquilo que se produz fora do eixo Rio-São Paulo.
O valor dos ingressos
no Fringe é definido pela produção de cada espetáculo e pode variar de gratuito
a R$60,00 (valor do ingresso na Mostra Oficial) e a relação das montagens pode
ser acessada também no site do Festival.
Além de Leandro
Knopfholz, participaram da coletiva representantes dos patrocinadores: Andrea
Pinotti Cordeiro (Itaú) e Caíque Ferreira (Renault).
Foto de Paulo Fávari
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