Tudo
começou no sábado, dia 09/12. Casa da Francisca. Show com a irreverente MARIA
JOÃO que em plena sintonia com o piano de ANDRÉ MEHMARI desfilou de maneira
bastante original elenco de canções de Aldir Blanc constantes de seu CD. Por seu modo de ser e jeito de cantar a intérprete
me remete a uma Nina Hagen lusitana. Dramática ou engraçada conforme a ocasião e
com expressão corporal digna de uma atriz, Maria João arrasou junto com André Mehmari.
Na
sexta feira, dia 15, foi a vez de ROBERTA SÁ com seu show DELÌRIO NO CIRCO no
Sesc Belenzinho. Sempre bonita e charmosa vestindo um sensual vestido preto
Roberta interpretou muitos sambas do repertório a que vem se especializando.
Apesar de não ser o tipo de música brasileira que mais me empolga ver e ouvir a
bela cantora é sempre um grande prazer.
A
grande noite ainda estava por vir. Sábado, dia 16/12. Teatro Bradesco com seus
1500 lugares ocupados para assistir a outra cantora portuguesa: CARMINHO.
Repertório com o melhor da música popular brasileira: TOM JOBIM. Carminho interpreta
as canções imortalizadas por Elis Regina, João Gilberto e tantos outros de
maneira personalíssima com sua potente voz de fadista, transferindo a paisagem
do mar de Ipanema para o Rio Tejo.
Show
irrepreensível que começa ainda com as cortinas fechadas ao som da voz de
Fernanda Montenegro falando os versos da Canção
do Exílio de Gonçalves Dias. Abrem-se
as cortinas e uma solene Carminho sentada em banco distante da plateia
interpreta Sabiá de forma dramática. A
seguir, com pleno domínio do imenso palco do Teatro Bradesco a cantora
aproxima-se do público nas canções que se seguiram. Acompanhada por nada mais,
nada menos que Paulo Jobim ao violão, Daniel Jobim ao piano, Jacques Morelembau
ao cello e Paulo (não consegui seu sobrenome) na percussão. Além das canções
eternas do Maestro Brasileiro, Carminho interpretou alguns belíssimos fados.
Grande
intérprete, simpaticíssima, comunicativa e até engraçada quando fala de Ester
de Abreu (segundo ela, uma fadista da qual Portugal nunca ouviu falar!) e
quando faz dobradinha com Paulo Jobim ao reinterpretar o fado Perseguição, Carminho fez um dos shows
que se tornarão inesquecíveis por toda minha vida.
E
para completar... na quarta feira, dia 13, a Gal Costa pegou carona no elevador
em que eu estava na Livraria Cultura. Simpática, discreta e sorridente, ela
saiu do elevador sob o espocar dos flashes dos fotógrafos e os aplausos de seu
público que a aguardava para uma sessão de autógrafos, enquanto eu saía atrás
carregando meu anonimato.
VIVA
A MÚSICA POPULAR BRASILEIRA!
20/12/2017
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