Entrar em contato com
outras realidades, com outros lados da história e constatar como a rica cultura
africana é desconhecida por quem cresceu ouvindo uma história que tudo fez para
transformar os negros simplesmente nos escravos africanos que vieram para as Américas.
Esse é apenas um dos méritos do belíssimo Nzinga, oriundo de ampla
pesquisa realizada por Aysha Nascimento, Bruno Garcia e Flávio Rodrigues.,
A rica ficha técnica
que inclui nomes como Dione Carlos (dramaturgia), Eduardo Okamoto (orientação
artística), Salloma Salomão (direção musical), Val Ribeiro (preparação
corporal), Wagner Pinto (desenho de luz), Julio Dojscar (cenografia) e Silvana
Marcondes (figurino) revela o cuidado da produção em contar a história de Mwene
Nzinga e seu irmão Ngola Mbandi, realezas da região centro-africana no século
XVII (Angola e Congo eram as maiores “fornecedoras” de escravos para os
portugueses nessa época)
Tudo é novo e surpreendente
para um espectador que desconhece a cultura africana e grande parte desse
deslumbramento deve-se à fantástica performance de Aysha Nascimento revelando
por meio da expressão corporal e de suas falas toda a realeza e a grandeza de
Nzinga e da mulher africana. Flávio Rodrigues representa o irmão Ngola Mbandi.
Cabe destacar a original trilha sonora original assinada por Salloma Salomão e Gui Braz, os figurinos de Silvana Marcondes, assim como o trabalho de todas/todos profissionais citados na ficha técnica.
NZINGA está em cartaz
na Sala Experimental do SESC Pompeia só até este fim de semana.
CORRA porque são só 40 lugares.
03/08/2022
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