segunda-feira, 16 de agosto de 2021

TEATRO E ENCONTRO DEPOIS DE UM ANO E MEIO

 

No dia 14 de março de 2020 fui ao teatro pela última vez antes do início da pandemia, foi no SESC Vila Mariana para assistir a Farm Fatale, espetáculo francês apresentado na MITsp 2020.

Durante esta pandemia interminável fui ao teatro duas vezes, uma delas para assistir Protocolo Volpone (24/10/2020) (experiência única apresentada no estacionamento do Teatro Arthur Azevedo) e a outra para rever a deliciosa Pescadora de Ilusão (10/12/2020) a convite do GpeteanH e aproveitando para conhecer as incríveis instalações e atividades da Paideia Associação Cultural.

Diante disso foi com muita expectativa que saí de casa neste domingo (15/08/2021) para ir ao Teatro Nair Bello para assistir teatro de verdade (nada contra o teatro virtual que tem oferecido marcantes trabalhos neste 2021, mas que é outra coisa e não teatro).

Não cabe aqui comentar o sensível espetáculo O Último Concerto Para Vivaldi - um dos melhores textos (senão, o melhor) de Dan Rosseto que também dirige a encenação - mas o entorno e o encontro com pessoas queridas que eu não via há muito tempo.

Já no saguão do Shopping Frei Caneca os vi e os abracei “virtualmente”: Arnaldo D’Ávila, Alberto Santoz, Carlos Rahal, Fábio Mrás, Homero Ligeri, Rafael Primot. Dentro do teatro foi a vez do Fabio Câmara e da Kyra Piscitelli e ao final do espetáculo o encontro com o elenco da peça: Amazyles de Almeida, Bruno Perillo e Michel Waisman.

Tanto afeto reprimido e tanta falta de gente de verdade que esses encontros poderiam se tornar uma explosão de emoção, mas as restrições impostas pelos protocolos de segurança como as máscaras e o distanciamento corporal tornaram os mesmos, pelo menos para mim, superficiais e até artificiais. As vontades de dar um abraço apertado, dar um beijo são reprimidas pela sensação de que aquela pessoa querida possa ser o algoz que vai lhe infectar com o vírus da covid.

Foi com essa sensação que saí do Teatro, desci as escadas rolantes do Shopping, subi a Frei Caneca passando pela esquina com a Peixoto Gomide, onde uma multidão de jovens sem máscaras se divertia e se confraternizava aos beijos e abraços. Pois é!

Subi a Augusta. Metrô. Ônibus. Casa.

Ainda quero encontrar toda essa gente querida e abraçá-los muito para compensar essa estranha sensação que tive nesse frio domingo de agosto.

Ainda que virtual, fica aqui um abraço apertado para vocês: Arnaldo, Alberto, Rafael, Carlos, Fábio, Homero, Fabio, Kyra, Amazyles, Bruno e Michel.

UM DIA ELE VAI SER DE VERDADE!! 

16/08/2021

 

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