sábado, 27 de agosto de 2022

MOSCOU PARA PRINCIPIANTES

Foto de MaGon

Quem lê o texto da peça Moscou Para Principiantes de Aline Filócomo pode avaliar a complexidade do mesmo para quem pretende fazer a sua tradução cênica. Aline resolveu tomar para si própria o desafio e dirigiu a peça ora em cartaz no TUSP de maneira extremamente criativa e também bastante complexa, algo realmente surpreendente quando se sabe que se trata, praticamente, do primeiro trabalho da atriz como dramaturga e diretora.

Revelar detalhes dessa excelente e instigante montagem seria dar uma de desmancha prazer, não permitindo ao futuro espectador as surpresas que o seu desenrolar oferece. Como um jogo de quebra cabeças, as peças vão se encaixando por meio das ótimas performances das três atrizes que interpretam personagens simplesmente denominadas como “a da esquerda”, “a do meio” e “a da direita”.

A presença do teatro intimista de Tchekhov através das inúmeras referências à peça As Três Irmãs se mescla com aquele de Beckett temperado com pitadas do humor de Ionesco, ambos representantes do assim chamado teatro do absurdo. Aline sabe fazer essa mistura de maneira harmoniosa e saborosa.

Tanto o texto como a encenação de Moscou Para Principiantes exigem muitíssimo de suas intérpretes e Paula Arruda, Natacha Dias e Rita Grillo estão não menos que brilhantes em suas milimétricas intervenções.

O cenário e a iluminação de Marisa Bentivegna acompanham e complementam “vertiginosamente” a narrativa proposta pela encenadora.

Foto de MaGon

Os detalhes da encenação exigem muito do olhar, da atenção e da inteligência do espectador que se piscar o olho durante a avalanche de falas e de situações é capaz de perder o fio da meada. Mas existe o fio da meada? Moscou Para Principiantes não é para principiantes! 

MOSCOU PARA PRINCIPIANTES está em cartaz no TUSP até 18 de setembro de quinta a sábado às 20h e aos domingos às 18h. 

27/08/2022

 

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

DESMASCARADOS

 

Foto de Maria Clara Diniz 

O que Oswald de Andrade pensaria do Brasil de hoje e como estariam se comportando seus personagens neste país ainda mais descontrolado do que há 85 anos, quando O Rei da Vela foi escrito? A Bendita Trupe não teve dúvidas trazendo o homem de volta para ele se indignar e dar a sua opinião.

O espetáculo Desmascarados revela no seu subtítulo ao que veio: Uma (des)homenagem aos Reis da Vela do Século XXI. Trata-se, sim, de uma (des)homenagem, pois como seria possível louvar Abelardos e Heloisas de Lesbos que se tornaram ainda mais agressivos e predadores?

O espetáculo é resultado de muita pesquisa sobre as duas épocas (1937 e 2022), sobre o modernismo e a semana de 22, além, especificamente, sobre Oswald de Andrade e O Rei da Vela. Além disso o grupo consultou especialistas de circo, de circo-teatro e de outras áreas interessantes a este vasto painel ora apresentado. (O programa da peça apresenta em detalhes o processo de concepção de Desmascarados).

A guerreira Johana Albuquerque conduziu o processo colaborativo que resultou no texto do espetáculo que tem sua sempre criativa e transgressora tradução cênica.

A encenação é uma festa antropofágica e o elenco parece se divertir muito, principalmente, na cena que demole e reconstrói o segundo ato do original. Da Ilha de Paquetá de 1937 o grupo foi passar as férias no Amazonas de 2022 e o americano Mr. Jones (Fernanda D’Umbra impagável!) continua a comandar o business. Remodelados aqui comparecem Dona Cesarina (Cris Lozano), Dona Poloquinha (Silvia Suzy), João dos Divãs (Marun Reis), Totó Fruta do Conde (Jaime Brando, curiosamente sem o gestual efeminado do original) e. é claro, Abelardo (Marcelo Villas Boas ótimo) e Vera Bonilha (Heloisa).

A destacar a participação de Sérgio Pardal como o revolucionário Pinote, de Joca Andreazza como o Bufão do prólogo da encenação e como o intragável Belarmino e a brilhante composição do camaleônico Luciano Gatti como o falecido/ressuscitado Oswald de Andrade.

As músicas são tocadas ao vivo por um trio de músicos sendo que dois deles também participam de algumas cenas.

É muito bem-vinda a participação de atores e técnicos bolsistas que foram selecionados para o projeto.

A ficha técnica inclui respeitáveis profissionais como Julio Dojscar (cenografia), Aline Santini (desenho de luz), Silvana Marcondes (deliciosos figurinos), Pedro Birenbaum (direção musical), Renata Melo (orientação corporal) e Leopoldo Pacheco (visagismo). Como se pode notar a produção não poupou esforços para a realização do espetáculo dignamente regido por Johana Albuquerque. 

DESMASCARADOS está em cartaz no Teatro de Contêiner até 18/09 com sessões de quinta a sábado às 20h e aos domingos às 19h.

22/08/2022

sábado, 20 de agosto de 2022

ORFÃS DE DINHEIRO

 

Inês Peixoto – Uma atriz em estado de graça

Como é bom ver uma atriz com pleno domínio de seu ofício. Inês Peixoto é plena tanto nos momentos marcantes da peça como nos mínimos detalhes como ao sacudir a água do remo ao tirá-lo da água ou ao tirar o tamanco do pé enquanto espera o seu Mike que na verdade nunca virá. É isso, Inês é PLENA, e é um verdadeiro regalo para a alma vê-la em cena.

O espetáculo reúne três cenas todas elas em torno de um barco que foi roubado pela deliciosa personagem da primeira história, uma mulher que foi vendida para a prostituição ainda menina, mas que soube se vingar de seus algozes. A segunda história mostra uma mulher refugiada com seu bebê no colo à frente de funcionário do serviço de imigração do país no qual pretende entrar. A terceira cena tem toques de humor e trata de uma empregada doméstica solitária que sonha em ter uma casa com marido e máquina de lavar roupa, as alterações no semblante dela quando espera o homem que a engravidou enquanto as luzes se apagam lentamente ficarão para sempre gravadas na memória dos espectadores que aplaudem entusiasticamente a grande atriz nos agradecimentos.

As três personagens criadas por Inês Peixoto são mulheres carentes/dependentes de dinheiro que têm de se submeter às perversas regras da sociedade para poder sobreviver.

Trata-se de espetáculo de rara delicadeza dirigido por Eduardo Moreira de forma simples, mas bastante requintada, tendo em seu apoio o cenário constituído apenas pela canoa projetada por Taísa Campos que é banhada de forma suave pela luz desenhada por Rodrigo Marçal. A trilha sonora assinada por Tiago Pereira (filho de Inês) inclui a belíssima Mortal Loucura de José Miguel Wisnik sobre poema de Gregório de Matos que Inês entoa lindamente na transição da primeira para a segunda cena. A sempre incrível Babaya é responsável pela preparação vocal da atriz.

Já escrevi, mas não custa repetir: Orfãs de Dinheiro é um precioso momento na carreira de Inês Peixoto que brilha no Grupo Galpão desde que nele ingressou em 1992 para interpretar a Sra. Capuleto no sempre lembrado Romeu e Julieta. Por se tratar de um monólogo o público tem o privilégio de apreciar o talento de Inês de maneira integral. Garanto que isso não é pouco!

A única lástima é que o programa é acessível apenas por QR code e, além disso, não se permite a impressão de forma caseira, impossibilitando que um pesquisador tenha pelo menos a ficha técnica do espetáculo para futuros estudos.

 

ORFÃS DE DINHEIRO está em cartaz no Auditório do 3º andar do SESC Pinheiros até 10 de setembro de quinta a sábado às 21h.

ABSOLUTAMENTE IMPERDÍVEL

 

Fotos de Arnaldo D’Ávila

 

20/08/2022

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

O BEM AMADO – MUSICADO -

 

Foto de Ronaldo Gutierrez

Se Dias Gomes estivesse vivo estaria comemorando seu centenário neste 2022 e com certeza estaria muito feliz com o que Ricardo Grasson fez com seu hoje clássico Odorico, o Bem Amado, escrito há 60 anos.

A história é bem conhecida: Odorico Paraguaçu, típico político deste Brasil, é candidato a prefeito da cidade de Sucupira e tem como principal promessa construir um cemitério; uma vez eleito cumpre a promessa, mas ninguém morre na cidade para que o campo santo seja inaugurado. Daí advem uma série de peripécias até o final inesperado.

Curiosamente, apesar do grande sucesso que foi O Pagador de Promessas e outras peças de Dias Gomes no Teatro Brasileiro de Comédia nos anos 1960, o dramaturgo fez sucesso muito maior na televisão do que no teatro. Em São Paulo passou décadas sem ter uma peça em cartaz, só retornando em 2008 com O Bem Amado com Marco Nanini e em 2017 com uma versão musicada por Zeca Baleiro, dirigida por Debora Dubois de O Berço do Herói, rebatizada de Roque Santeiro, devido ao grande sucesso televisivo e agora em 2022 também em versão musical com canções assinadas novamente por Zeca Baleiro, desta vez em dupla com Newton Moreno.

Com exceção da cena inicial na penumbra, que mostra o cortejo fúnebre de um cidadão de Sucupira que deve ser enterrado em outra cidade pela falta de cemitério na cidade, tudo é muito solar na encenação de Grasson, desde o cenário concebido por Chris Aizner belamente iluminado por Cesar Pivetti,  passando pelos figurinos de Fabio Namatame e as músicas de Baleiro e Moreno executadas e cantadas ao vivo. Completam a rica ficha técnica Katia Barros e Tutu Morasi (direção de movimento e coreografia), Marco França (preparação vocal), Kleber Montanheiro (adereços) e Alisson Rodrigues (responsável pelo excelente e característico visagismo que torna alguns dos atores irreconhecíveis).

Eduardo Semerjian (Dirceu Borboleta) e Ando Camargo (Vigário) estão ótimos e muito engraçados com seus tipos, estando entre aqueles atores cujas máscaras os tornam quase irreconhecíveis. As três Cajazeiras são vividas de forma caricata e muito humor pelas excelentes Rebeca Jamir (Judicéia), Luciana Ramanzini (Dulcineia) e Kátia Daher (Doroteia). Marco França interpreta Zeca Diabo e Guilherme Sant’Anna é o repórter Neco Pedreira.

Idealizador do projeto, Cassio Scapin encarrega-se com muita propriedade do protagonista Odorico, marcando mais um ponto em sua brilhante carreira.

Em ano bastante profícuo (esta é sua terceira direção em 2022), Ricardo Grasson realiza aquele que, a meu ver, é seu mais complexo e mais bem sucedido trabalho, colocando-o entre os melhores encenadores do nosso teatro.

O Bem Amado diverte e faz pensar, o que não é pouco.

NÃO PERCA!!

Um programa belo na forma e excelente no conteúdo é oferecido gratuitamente ao público. 

O BEM AMADO está em cartaz no SESC Santana até 11 de setembro às sextas às 21h, aos sábados às 20h e aos domingos às 18h. 

14/08/2022

domingo, 14 de agosto de 2022

O DEUS DE SPINOZA

 

Havia certa resistência de minha parte em assistir a O Deus de Spinoza supondo se tratar de espetáculo árido haja vista o assunto tratado. Ledo engano! A encenação de Luiz Amorim é bastante dinâmica, lúdica e teatral oferecendo uma boa visão do pensamento de Baruch Spinoza (1632-1677), filósofo racionalista holandês.

A peça é dividida em duas partes. A primeira se passa em uma sinagoga em Amsterdam onde rabinos avaliam, julgam e acabam excomungando Spinoza em razão dos seus conceitos de Deus, natureza e substância. Na segunda o cenário é o aposento do filósofo no exílio onde ele confabula e discute seus princípios com seu editor Jan Rieuwertz.

Se na segunda parte há uma imersão mais profunda nos pensamentos de Spinoza, na primeira a dramaturgia assinada por Régis de Oliveira ressente-se, em termos dramáticos, de maior confronto entre os rabinos e o filósofo onde ele praticamente só ouve os argumentos dos primeiros. Um maior conflito entre as partes faria muito bem ao texto e ao espetáculo.

Luiz Amorim realiza espetáculo digno e belo, valendo-se da criativa iluminação de César Pivetti, dos belos figurinos (mais uma excelente criação de João Pimenta), da excelente trilha sonora composta de canções ladinas do século XVII muito bem executadas ao vivo por Marcus Veríssimo, Gabriel Ferrara e Margot Lohn (uma linda voz!) e, é claro, do ótimo elenco.

Amorim, Roberto Borenstein e David Kullock interpretam os três rabinos com bastante propriedade estando no meio do público desde a abertura da sala de espetáculos.

Mateus Carrieri tem ótima participação como o editor Jan Rieuwertz que também faz as vezes de narrador da trama.

Bruno Perillo é a estrela da noite como o protagonista Spinoza e se fisicamente ele se pareça mais com o ator Daniel Day-Lewis, sua composição convence plenamente como o filósofo holandês. As colocações que ele faz diretamente ao público provocam interessante efeito de distanciamento que induzem à reflexão sobre o assunto.

Nestes tempos em que se coloca como dogma “Deus acima de todos” é muito bom e oportuno ouvir o que Spinoza diz a respeito.


O DEUS DE SPINOZA está em cartaz no Teatro Itália Bandeirantes até 02 de setembro às quartas e quintas às 20h.

 

13/08/2022

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

VIRGINIA

 


A escritora inglesa Virginia Woolf (1882-1941) teve uma vida bastante difícil a começar pela perda de sua adorada mãe na adolescência, passando pelo abuso sexual que sofreu por parte de alguns dos irmãos, pela convivência com a irmã doente mental e pela morte de outros entes queridos. Tudo isso resultou em distúrbios mentais da escritora que em uma de suas últimas crises depressivas passou a ouvir vozes sem poder se concentrar nem na leitura nem na escrita, culminando com encher de pedras os bolsos do casaco e se dirigir ao rio Ouse onde penetrou e se suicidou por afogamento no dia 28 de março de 1941.

Baseada nesses fatos Claudia Abreu concebeu a dramaturgia de Virginia e sua narrativa se inicia no momento em que Virginia está submersa na água e, em um fluxo de consciência tão caro ao estilo da escritora, reavalia sua trágica existência.

Com muita sensibilidade e delicadeza a atriz/dramaturga perpassa a vida de Virginia durante o espetáculo dirigido com a mestria habitual de Amir Haddad que cria dinâmica excepcional com o auxílio da criativa direção de movimento de Marcia Rubin e a bela iluminação assinada por Beto Bruel. A destacar também o simples e muito belo vestido rasgado criado por Marcelo Olinto.

Trata-se de um grande momento na carreira de Claudia Abreu que merece estar entre as grandes interpretações femininas da atual temporada.

 

08/08/2022

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

NZINGA

 

Entrar em contato com outras realidades, com outros lados da história e constatar como a rica cultura africana é desconhecida por quem cresceu ouvindo uma história que tudo fez para transformar os negros simplesmente nos escravos africanos que vieram para as Américas. Esse é apenas um dos méritos do belíssimo Nzinga, oriundo de ampla pesquisa realizada por Aysha Nascimento, Bruno Garcia e Flávio Rodrigues.,

A rica ficha técnica que inclui nomes como Dione Carlos (dramaturgia), Eduardo Okamoto (orientação artística), Salloma Salomão (direção musical), Val Ribeiro (preparação corporal), Wagner Pinto (desenho de luz), Julio Dojscar (cenografia) e Silvana Marcondes (figurino) revela o cuidado da produção em contar a história de Mwene Nzinga e seu irmão Ngola Mbandi, realezas da região centro-africana no século XVII (Angola e Congo eram as maiores “fornecedoras” de escravos para os portugueses nessa época)

Tudo é novo e surpreendente para um espectador que desconhece a cultura africana e grande parte desse deslumbramento deve-se à fantástica performance de Aysha Nascimento revelando por meio da expressão corporal e de suas falas toda a realeza e a grandeza de Nzinga e da mulher africana. Flávio Rodrigues representa o irmão Ngola Mbandi.

Cabe destacar a original trilha sonora original assinada por Salloma Salomão e Gui Braz, os figurinos de Silvana Marcondes, assim como o trabalho de todas/todos profissionais citados na ficha técnica. 

NZINGA está em cartaz na Sala Experimental do SESC Pompeia só até este fim de semana.

CORRA porque são só 40 lugares. 

03/08/2022

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

A SEMENTE DA ROMÃ - PRESENCIAL

 

Foi em novembro de 2020, em plena pandemia, que me emocionei com a versão virtual desta peça de Luís Alberto de Abreu.

Quem tiver interesse e quiser ler a matéria que escrevi a respeito dessa versão acesse:

https://palcopaulistano.blogspot.com/2020/11/a-semente-da-roma.html

Foi há um ano e meio e muita água passou debaixo da ponte nesse período: o nosso querido Serginho Mamberti tomou a barca em setembro de 2021, a pandemia arrefeceu, mas não acabou e esse maldito governo se mostrou ainda mais maléfico e destruidor do que se previa.


Para a versão presencial da peça em julho de 2022 Abreu fez atualizações criando o personagem Raul (Antonio Petrin sempre ótimo) que está substituindo Guilherme (Mamberti) que faleceu. A maravilhosa e muito bela Maria Manoella substitui Lavínia Pannunzio no papel de Tônia, além disso os encenadores Marina Nogaeva Tenório e Ruy Cortez fizeram várias inserções de imagens de Sérgio Mamberti (momentos verdadeiramente emocionantes do espetáculo) e de cenas da vida teatral paulistana por meio da importante pesquisa videográfica realizada por Alvaro Machado.

O resultado é uma belíssima homenagem não só a Sérgio Mamberti, mas à memória do teatro brasileiro.

Os espectadores utilizam fones de ouvido durante toda a apresentação e além de ouvir o que dizem os personagens da peça, ouvem também ecos da Rússia do final do século XIX nas falas dos intérpretes de As Três Irmãs que está sendo apresentada na outra plateia do teatro do SESC Pompeia.

É muita emoção e esta se materializa em lágrimas na cena em que Raul pede um abraço para Ariela, vivida pela grande Walderez de Barros que também é responsável pela cena final quando lê o belíssimo texto O Ator de Plínio Marcos.

Além do imenso prazer de ver Walderez e Petrin em cena, Ondina Clais (Katia), Maria Manoella (Tônia), Eduardo Estrela (Augusto) e João Vasconcellos (Dion) engrandecem ainda mais esse novo e bem vindo trabalho de Luís Alberto de Abreu dirigido com maestria e muito amor por Marina Tenório e Ruy Cortez.

Mais do que nunca a Companhia Memória faz jus a seu nome:

VIVA A MEMÓRIA DO TEATRO BRASILEIRO! 

Agora só resta a ansiedade de aguardar até o próximo domingo para assistir a As Três Irmãs na outra plateia do teatro, enquanto o elenco estará cochichando na coxia do teatro, que é o cenário dessa maravilhosa A Semente da Romã. HAJA EMOÇÃO!

A estrutura do teatro SESC Pompeia é a ideal, e talvez a única dentre os teatros paulistanos, com condições de abrigar esse IMPORTANTÍSSIMO projeto, por isso seria muito bom se houvesse uma prorrogação da temporada nesse espaço. (A temporada esta prevista para terminar no próximo domingo, dia 07/08, o que é uma grande pena).

Ah! O programa impresso é lindo, além de muito informativo.

01/08/2022