sexta-feira, 1 de junho de 2012

BREU

                “Breu” é uma experiência sensorial muito interessante. A peça inicia na total escuridão, enquanto se ouve a voz de uma mulher com dicção perfeita. Aos poucos a cena vai sendo iluminada sem passar da penumbra. Ao contrário da maioria das montagens de Roberto Alvim, aqui a escuridão desempenha papel importante na trama e não é usada como mero recurso estético. O texto de Pedro Brício trata dos medos decorrentes de qualquer regime totalitário, mas precisaria ser menos prolixo para ser mais contundente.  
                                               
                   Belíssima interpretação de Kezyl Ercad; tão precisa que muitos espectadores julgam que ela é realmente cega. Destaque para o competente cenário e para a sensível iluminação de Tomás Ribas. Produção vinda do Rio de Janeiro.

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