Munido de minha, por
ora, inseparável cadeira de rodas e das extremas boa vontade e dedicação de meu
anjo Arnaldo, ontem foi o dia de mais uma aventura teatral, desta vez no Teatro
Porto.
Como cadeirante tenho
sido testemunha não só dos equipamentos de acessibilidade disponíveis nos
teatros como a eficiência e gentileza de bombeiros e pessoal envolvido com
segurança. Um aplauso especial a esse grupo.
Por iniciativa de Mel
Lisboa, que já havia interpretado a cantora há dez anos, a figura de Rita Lee
volta poderosa em um musical tipicamente brasileiro baseado em sua
autobiografia.
Mel já demonstrou seu
talento e versatilidade tanto em peças infantis, como em novelas e em
espetáculos de alta carga dramática e não deixa de fazê-lo, muito à vontade, ao
interpretar a rainha do rock brasileiro.
Trata-se de um
musical de estrutura simples, mas muito bem realizado, contando a história de
Rita Lee por meio de suas deliciosas e irreverentes composições. O roteiro que
amarra harmoniosamente textos e canções é de autoria de Guilherme Samora e teve
uma delicada tradução cênica por Débora Dubois e Marcio Mecena.
A respeitável ficha
técnica inclui os nomes de Marco França e Marcio Guimarães na direção musical,
Tainara Cerqueira assinando as belas coreografias, a iluminação sempre criativa
de Wagner Pinto e os inúmeros figurinos criados por Carol Lobato a partir do universo
de Rita Lee, isso sem contar com o ótimo elenco liderado por Mel Lisboa e a banda
que os acompanha nos números musicais. Um único senão, em minha opinião, fica
por conta das nem sempre convincentes recriações de personalidades como Ney
Matogrosso, Gal Costa. Gilberto Gil e Elis Regina, exceção feita à ótima
composição de Hebe Camargo por Debora Reis.
Rita Lee afirmava que
seu objetivo como artista era fazer as pessoas felizes, objetivo que este
espetáculo cumpre plenamente, haja vista o semblante de alegria de todos os
espectadores ao sair do teatro.
Sessões às sextas às
20h, aos sábados às 16h e às 20h e aos domingos às 17h.
DELICIE-SE!!!
13/05/2024
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