Quem
já não sofreu com dores de amores? Quem já não foi abandonado por um grande
amor?
Uma
perda amorosa pode ser mais dolorosa que aquela provocada pela morte de um ente
querido, pois além desta ser definitiva e irreversível, na primeira sempre
resta uma esperança e aí surge a questão da coexistência lembrada pelo
personagem da peça O Que Restou de Você em Mim. Não há coexistência com um
morto, mas no caso de uma perda amorosa sempre se pergunta: “O que ele/ela
estará fazendo neste momento?”. O personagem dá várias opções de resposta e diz
que a sua preferida é que a outra pessoa esteja pensando nele naquele momento. Deste
e de outros momentos belos, tristes, patéticos e até engraçados é formado o texto
do jovem Davi Novaes que também interpreta o protagonista desta história de
amores perdidos.
Conforme a ficha técnica a peça é baseada em
uma história de amor que realmente aconteceu e se essa história foi vivenciada
pelo autor, é louvável sua maturidade e coragem de colocá-la em cena, apesar de
ter apenas 25 anos.
A
história do jovem abandonado é compartilhada com nove privilegiados
espectadores que adentram sua intimidade em um quarto vermelho de paixão e ali
são testemunhas de suas desventuras.
As
diretoras Alejandra Sampaio e Virginia Buckowski conduzem a encenação com
suavidade focando suas atenções no tocante trabalho de ator de Davi Novaes.
O
QUE RESTOU DE VOCÊ EM MIM está em cartaz em dos quartos do ZONA FRANCA,
aconchegante espaço da Velha Companhia,
situado na Rua Almirante Marquês de Leão, 378 na Bela Vista.
16/02/2019
Do lado de casa.
ResponderExcluir