Ennio Morricone (10/11/1928-06/07/2020)
foi um verdadeiro fenômeno e o diretor Giuseppe Tornatore demonstra sua
genialidade com muita emoção no documentário Ennio, o Maestro com quase
três horas de duração, mas que termina com gosto de quero mais e com aplausos
do público presente na sessão.
Muitas daquelas
canções italianas, tão populares nos anos 1960, cantadas por Mila, Gianni Morandi,
Gino Paoli e até Paul Anka se não eram de sua autoria, levavam seu nome nos
arranjos.
Foi nessa época
também que o maestro começou a compor trilhas sonoras para filmes e não parou
mais, totalizando mais de 500 obras para o cinema.
De formação clássica,
Morricone também escreveu obras sinfônicas, sendo que muitas de suas trilhas podem,
no meu entender, serem consideradas verdadeiras sinfonias.
O filme de Tornatore reúne
relatos de diretores e artistas que trabalharam com o Maestro, cenas de muitos
filmes para os quais ele criou trilha, cenas dos concertos nos quais ele regeu
suas músicas, tudo isso permeado por uma belíssima entrevista que Morricone
concedeu a Tornatore no final da vida.
Assiste-se ao filme
com muita emoção e é impossível conter as lágrimas nas cenas em que se comentam
filmes como Era Uma Vez na América (1984) (uma de suas trilhas
que mais amo), Sacco e Vanzetti (1971) (belíssima participação de Joan
Baez), A Missão (1986) e Cinema Paradiso (1988) (a primeira
parceria de Morricone com Tornatore).
Por amar demais o
filme e a trilha senti muito a ausência de Malena (2000) e a não citação
da trilha ultra moderna do filme Os Abutres Têm Fome (Duas
Mulas Para a Irmã Sara) (1970), únicas lacunas, para mim, desse
esplendoroso documentário.
Em sua segunda semana
de exibição, o filme está em cartaz em poucas sessões dos cinemas da cidade:
- Cine Marquise – 17h30
- Espaço Itaú Augusta
– 14h10 e 18h50
- Espaço Itaú Frei
Caneca – 17h20
Confirme os horários
antes de ir ao cinema!
ABSOLUTAMENTE
IMPERDÍVEL para os amantes de música e de cinema.
06/10/2022
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