Eu não tenho boa
lembrança de Balangangueri, encenação da Cia. Ludens dirigida por
Domingos Nunez, a qual assisti em 2011 no SESC Belenzinho. Não publiquei
matéria a respeito, mas escrevi em minhas anotações que havia ficado irritado
com as cenas histéricas que se passavam numa taverna onde dois homens faziam
uma competição de risadas e o que se salvava na montagem era o trabalho das
três atrizes Denise Wainberg, Fernanda Viacava e Tatiana Thomé.
Eis que dez anos
depois, Nunez retorna com esse texto em uma versão de bolso (seria a original?), agora com o título
de Bailegangaire e com a ação concentrada apenas nas três mulheres, onde
a velha Mommo narra tudo o que aconteceu naquele dia da competição de risadas. Todas
as cenas na taverna foram eliminadas, assim como as personagens que ali
transitavam. Com isso a peça ganhou em ritmo e, quem diria, em ação!
Amazyles de Almeida e
Natalia Gonsales são grandes atrizes e impressionam como as netas Mary e Dolly,
que são obrigadas a ouvir ad infinitum as recordações da avó senil.
Walderez de Barros é uma atriz superlativa e sua Mommo é digna de todos os
louvores.
Tudo o que me
incomodou em Balangangueri não está presente em Bailegangaire que
é um momento brilhante dessas três excelentes atrizes.
Brincadeira a parte,
a mudança de título fez bem a essa peça!!
18/12/2021
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