Em junho deste ano, após assistir a Sete
Histórias, dirigida por Clara Carvalho eu escrevi: “Que Mariana Muniz é
uma grande atriz não há ninguém que o negue e sua performance em ‘Sete
Histórias’ só comprova o seu talento com aquele vozeirão e aquela expressão
corporal que o Universo lhe concedeu”. Antes disso, Mariana já havia
brilhado com sua breve participação em A Encomenda ou A Memória do
Mar e, principalmente, em seu arrebatador solo Sonia-Um Ato por Tolstói.
Para fechar o
ciclo, eis que neste final de ano, Mariana nos brinda com duas belíssimas
performances de teatro-dança: uma delas em parceria com o igualmente magnífico
Luis Arrieta (Caminantes), lindamente fotografada no Jardim Botânico de
São Paulo e a outra gravada nos aposentos de sua casa onde ela dialoga com a
vida secreta dos objetos/coisas ali presentes (A Vida Secreta das Coisas).
Neste último
trabalho, a atriz/dançarina faz uso minimalista de todos os recursos corporais
que domina tão bem. São lindos e sugestivos os movimentos de seus braços e suas
mãos, assim como, as expressões faciais que vão do dramático ao cômico em
questão de segundos. Não sou especialista, nem tenho conhecimento do assunto
“dança”, mas sei apreciar o que é belo; quanto à questão teatral as
performances de Mariana Muniz beiram a perfeição, não só com os trabalhos
virtuais deste ano, como em tantos outros como atriz desde Nijinsky
(1987), passando por Lago 21 (1988), O Fingidor (1999), O
Fantástico Reparador de Feridas (2009), A Máquina Tchekhov
(2015), A Cantora Careca (2018) e O Jardim das Cerejeiras (2019).
Um currículo
invejável para uma grande atriz que ainda não teve seu valor totalmente
reconhecido.
Na frase que
abre esta matéria eu escrevo que o Universo concedeu, mas muito
trabalho e dedicação contribuíram para Mariana Muniz chegar onde chegou.
13/12/2021
SERVIÇO
Para
assistir CAMINANTES (até 19/12) e A VIDA SECRETA DAS COISAS (até 22/12), acesse:
www.youtube.com/movicenaproducoes
Nenhum comentário:
Postar um comentário