quarta-feira, 23 de novembro de 2022

4004 A.C. – A ORIGEM

 

Apesar de sua vasta produção teatral, o escritor irlandês George Bernard Shaw (1856-1950) é mais conhecido por aqui por My Fair Lady, espetáculo musical que é uma adaptação de sua peça Pigmalião.

Graças ao Grupo Tapa, ao Núcleo Experimental e ao Circulo dos Atores, nos últimos anos os palcos paulistanos têm podido assistir a obras importantes de Shaw como Major Barbara, Cândida, A Profissão da Sra. Warren e A Milionária. E já se promete O Dilema de Um Médico para 2023.

Shaw tinha humor penetrante e sarcástico como se pode perceber em sua obra e no famoso diálogo entre ele e Isadora Duncan quando esta lhe propôs em tom de brincadeira a possibilidade de eles gerarem um filho com a beleza dela e a inteligência dele, ao que ele retrucou dizendo do perigo da criança nascer com a beleza dele e a inteligência dela.

4004 A.C. situa-se exatamente há mais de seis milênios! E lá no Jardim do Eden vamos encontrar Adão e Eva pesarosos com a possibilidade de viver para todo o sempre, quando encontram uma solução dada pela Serpente; um pouco mais tarde Adão e Eva mais velhos têm um embate com o filho Caim, que matou o irmão Abel.

A primeira parte é originalíssima e tem um toque de humor que a engrandece; a segunda parte é mais longa e mais dramática, sendo também um pouco repetitiva (desculpe, seu Bernard!!), mas tem discurso poderoso a favor da mulher e de seus direitos.

A encenação de Thiago Ledier, que já havia realizado uma competentíssima encenação de A Milionária, é primorosa e criativa valendo-se do espaço remodelado (e renovado!!) do Teatro Studio Heleny Guariba, do criativo cenário criado por Fernando Passetti e Nicolas Caratori, lindamente iluminado por este último.

Adão e Eva, quando jovens, são interpretados por Luana Frez e Nando Medeiros e mais velhos por Márcia de Oliveira (bastante jovem, quando comparada com o seu companheiro) e Luti Angelelli. Guilherme Gorski é vigoroso como Caim e Nábia Villela está absolutamente irresistível e muito engraçada como a Serpente.

4004 A.C. é espetáculo bastante digno, bem encenado, bem interpretado e dá ao espectador a oportunidade de conhecer esse insólito texto do grande dramaturgo George Bernard Shaw, além da oportunidade de visitar o espaço remodelado do Teatro Studio Heleny Guariba.

Após o espetáculo, há proveitoso bate-papo com o elenco, com a oportunidade de receber uma aulinha sobre Shaw dada por Sergio Mastropasqua.

Por especial delicadeza de Mastropasqua e Selene Marinho recebi uma versão impressa do belo e informativo programa da peça.      

        4004 A.C. está em cartaz até 13/12 às segundas, terças, sextas e sábados às 21h e aos domingos às 19h.

        NÃO PERCA!!

        23/11/2022

 

 

 

sábado, 19 de novembro de 2022

A FESTA DOS BÁRBAROS

 

 

Afinal, quem são bárbaros? Os nativos que lá viviam em paz desde que o mundo é mundo, ou os ditos “colonizadores”, que chegam torturando e exterminando aqueles que eles chamam de “bárbaros”?

       A Cia. São Jorge de Variedades dirigida nesta festa pelas três graças fodásticas Georgette Fadel, Patrícia Gifford e Paula Klein conta a saga dos bárbaros, à sombra da árvore sagrada Jurema, com muita música, dança, torta de palmito, cerveja, pipoca e até um serviço de barbearia.

       São mais de vinte intérpretes em cena, atuando com uma vibrante energia que é transmitida para os felizardos espectadores que participam da festa realizada a céu aberto no belo pátio da Funarte da Alameda Nothmann.

       O espetáculo põe o dedo na ferida e mostra com crueza a revolta dos bárbaros que durou cerca de setenta anos e dizimou milhares de nativos nos sertões nordestinos, mas o faz de maneira lúdica permeando tudo com excelentes cenas corais de canto e dança muito bem dirigidas pelo excelente trio de diretoras que também participa lindamente da cena.

Não custa repetir que Georgette, Patrícia e Paula formam AS TRÊS GRAÇAS FODÁSTICAS deste importante e necessário espetáculo.

       Corra que este é o último fim de semana: sábado e domingo às 15h. Gratuito.


        19/11/2022

terça-feira, 15 de novembro de 2022

O QUE NOS MANTÉM VIVOS?

 

Foi em 1963 que vi pela primeira vez Renato Borghi atuando no palco do Teatro Oficina. A peça era Quatro Num Quarto, uma comédia leve russa dirigida por Maurice Vaneau que fez muito sucesso na época.  No ano seguinte foi a vez de assistir a Pequenos Burgueses, espetáculo antológico do Oficina dirigido por Zé Celso Martinez Corrêa onde Renato tinha uma brilhante interpretação como o jovem Piotr.


Parte do elenco no programa de "Pequenos Burgueses"

Em 1966 quando o teatro da Rua Jaceguai sofreu um incêndio, o grupo fez uma retrospectiva de seus espetáculos no Teatro Cacilda Becker na Avenida Brigadeiro Luiz Antonio onde tive a oportunidade de assistir a mais dois excelentes trabalhos de Borghi em A Vida Impressa Em Dólar e em Andorra onde ele interpretava o jovem Andri ao lado de Miriam Mehler como Barblin.

Andorra

A partir daí foram inúmeros excelentes desempenhos no Oficina: O Rei da Vela em 1967, Galileu Galilei em 1968 até As Três Irmãs em 1972, peça na qual ele se desligou do grupo.

Nos cinquenta anos seguintes assisti a outros trabalhos notáveis de Borghi incluindo O Que Mantém Um Homem Vivo? em 1973, em 1982 e em 2019.

1973
1982
2019

Eis que em 2022 o grande ator retoma a obra de Bertolt Brecht estendendo a pergunta diretamente a todos nós e denunciando os estragos promovidos pelo insano presidente atual que felizmente deve sair de cena em 01 de janeiro de 2023.  Para tanto adaptou junto com seus colaboradores o poema Cruzada das Crianças que abre o espetáculo, trecho de Galileu Galilei com o diálogo de Galileu com o pequeno monge, uma síntese de Santa Joana dos Matadouros que permite uma interpretação memorável de Débora Duboc e um mix bastante interessante de A Resistível Ascenção de Arturo Ui com O Rei da Vela, que dá margem a uma brilhante intervenção de Elcio Nogueira Sanches.

Renato Borghi mostra muita energia em cena apesar da fragilidade física em função da idade e das cirurgias recentes. De Galileu ele passa para a senhora que vem procurar o marido na porta do matadouro em Santa Joana até chegar ao Abelardo de O Rei da Vela. A seu lado brilham Débora, Elcio , os músicos/atores Cristiano Meirelles e Nath Calan e o encenador Rogério Tarifa que participa ativamente de todas as cenas corais do espetáculo.

Rogério Tarifa imprime sua inconfundível marca pessoal à encenação com a colaboração de Andreas Guimarães e Luiz André Cherubini na cenografia, de Marisa Bentivegna na criativa iluminação e de Juliana Bertolini nos figurinos. As canções que ilustram a cena são de autoria de Jonathan Silva, com exceção daquela que fecha o primeiro ato que é de autoria de Kurt Weill e Brecht. A direção musical é de William Guedes. Cabe destacar também a excelente movimentação do elenco em cena criada por Marilda Alface. Participação especialíssima dos pequenos bonecos também de autoria de Cherubini do Grupo Sobrevento.

Com essa equipe de ouro a encenação só poderia resultar bela e potente, respondendo em alto e bom som que o que nos mantém vivos é a liberdade, a cultura e a barriga cheia. 

O QUE NOS MANTÉM VIVOS? está em cartaz no Teatro Anchieta até 17/12 com sessões às sextas e aos sábados às 20h e aos domingos às 18h. O espetáculo dura três horas com um intervalo de 15 minutos. 

OBS: Infelizmente o programa da peça é acessível apenas por QR code e não se permite o down load e a impressão do mesmo. LAMENTÁVEL!!!

14/11/2022

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

DELÍRIO A DOIS

Matéi Visniec (1956-) nasceu seis anos após Eugène Ionesco (1909-1994) escrever A Cantora Careca em 1950 e a sua obra deve muito à do seu compatriota: ambos romenos e ambos naturalizados franceses.

Enquanto Visniec se tornou uma coqueluche nos palcos paulistanos com mais de uma dezena de textos encenados nos últimos cinco anos, Ionesco pouco comparece e quando o faz é usualmente com a já citada A Cantora Careca (1950), A Lição (1951), As Cadeiras (1952) ou Rinocerontes (1960), no entanto ele tem mais de trinta títulos em seu currículo de peças teatrais, sem contar os ensaios e romances que escreveu.

Sendo assim, foi com bastante curiosidade que me dirigi ao Teatro Aliança Francesa para assistir a Delírio a Dois (Délire à Deux), escrita em 1962 e inédita em nossos palcos. Sem conhecer o original ouso afirmar que a tradução de Domitila González é primorosa e bastante fiel ao universo do dramaturgo.

Um casal preso em seu apartamento inclui, na discussão da relação, as semelhanças e diferenças entre uma tartaruga, um caracol e uma lesma, enquanto lá fora acontece uma guerra e talvez os guerrilheiros possam invadir os seus aposentos. Essa seria uma rápida sinopse da curta peça com duração menor que uma hora.

Marcelo Lazzaratto deixou o novo espaço no segundo andar da Aliança Francesa apenas com cadeiras giratórias onde o público se acomoda e pode girar 360º para acompanhar o casal se deslocando pelos quatro cantos da sala e por todos os vãos e buracos disponíveis no ambiente. Tudo é bem bolado e é gostoso acompanhar o diálogo que beira o absurdo, mas que revela a solidão e a falta de comunicação entre Ela e Ele, os dois personagens.

Lia Maria e Gabriel Manetti saem-se muito bem como o casal. Ambos circulam com desenvoltura pela criativa movimentação cênica sugerida pelo diretor, são bons intérpretes e donos de ótima dicção e emissão de voz (qualidade que anda rareando nos atores mais jovens).

Todos esses fatores contribuem para tornar esse “delírio a dois” uma “delícia a trinta”, que é número de espectadores permitidos em cada sessão. 

DELÍRIO A DOIS está em cartaz no Espaço LAB, do Centro Cultural Aliança Francesa, às quintas e sextas, às 20h30, apenas até 18/11.

CORRA porque esta é a última semana! 

14/11/2022

 

sábado, 5 de novembro de 2022

COMIDA NAS COSTAS, BARRIGA VAZIA

 

 

Eis a Fraternal Companhia de Arte e Malas-Artes retornando da pandemia em grande estilo inundando nossos corações e mentes com seu tão bem vindo “amargo riso épico” para denunciar desta vez o mundo perverso em que vivem os motoboys, entregadores de comida para os mais favorecidos, um fazer chamado de liberal, mas que beira o trabalho escravo pelas condições em que se realiza. O título na peça é preciso ao descrever como normalmente se sentem esses trabalhadores.

A peça inicia nos dias de hoje com o atropelamento e morte de Jão, um entregador que luta pela sobrevivência como tantos outros, e em recurso épico notável a ação é deslocada para a idade média onde Pluto, o deus da riqueza e Lúcifer discutem sobre a formação de uma nova forma de relação de trabalho e de quem deveria participar desse universo: a igreja, os que mandam e detém o dinheiro e o poder e os que servem e obedecem. A partir daí desenvolve-se a saga de Jão, agora um entregador-mula de alimentos que na sua longa jornada até o entendimento (obrigado, Plínio Marcos) se encontra com um suposto líder e outros entregadores, entre eles, Joana que se destaca pela sua valentia e o modo de enfrentar os poderosos.

O texto de Alex Moletta é preciso e precioso dosando muito bem o humor e as condições dramáticas em que vivem os entregadores, seja na idade média, seja nos dias de hoje, afinal como disseram Hegel e Marx: a história sempre se repete. Luís Alberto de Abreu, fundador e colaborador da Fraternal, fez a consultoria do texto.

Ednaldo Freire, que está à frente da Fraternal há quase 30 anos (a companhia foi fundada em 1993) dirige a peça com sua habitual competência e talento, valendo-se da colaboração de Carlos Zimbher, compositor das músicas que ilustram e reforçam a ação; de Luiz Oliveira Santos que assina o cenário simples, mas eficiente e os deliciosos figurinos; de Fábio Lusvarghi nos importantes adereços;  de  Tatiane Guimarães na preparação dos atores e, é claro, do ótimo elenco que faz chegar até o público a saga de Jão.

A encenação permite excelentes momentos de cada intérprete: Mirtes Nogueira e Aiman Hammoud, presenças luminosas nas peças da Fraternal desde sua fundação; a surpresa da participação de Clóvis Gonçalves; a graça de Giovana Arruda que vai desde a entregadora Peixe até o engraçado Lúcifer; o trabalho de Luiã Borges; o crescimento da bela Maria Siqueira como atriz, dando vida à valentia e à coragem da entregadora Joana e, finalmente, o excelente Ian Noppeney,  que imprime humanidade ao Jão da história.

Na sessão a que assisti, adultos, jovens e crianças se emocionaram e com certeza vão refletir sobre o que viram em cena.

Entregadores, motoristas de aplicativos e seres humanos de um modo geral NÃO PODEM PERDER mais este lúcido trabalho da Fraternal. 

COMIDA NAS COSTAS, BARRIGA VAZIA está em cartaz no Espaço Parlapatões até 19/02/2023, mas não deixe para depois, aquilo que você pode assistir hoje! Sessões às sextas e aos sábados às 21h e aos domingos às 19h. 

05/11/2022

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

INFERNO e OURO [O]CULTO

 



CURIOSAS COINCIDÊNCIAS/SEMELHANÇAS

Existem textos/espetáculos teatrais que partem de premissa bastante clara e concisa constante da suas sinopses, mas que, devido à imensa criatividade de seus autores, enveredam por caminhos tortuosamente delirantes que, ao ver deste espectador, pouco têm a ver com a premissa.

Por coincidência, nesta semana assisti a dois espetáculos com essas características: Inferno do argentino Rafael Spregelburd e Ouro [O]Culto de Ester Laccava e Elzemann Neves.

Curiosamente o início dessas duas peças também é muito parecido.

Em Inferno, três emissários invadem a residência de um repórter turístico para ensinar-lhe sete virtudes que o tirarão do inferno, que segundo eles, é onde o repórter está.

Em Ouro [O]Culto, uma expert no mercado financeiro, espécie de sacerdotisa, convoca os Irmãos (nós, o público) para que adquiram as três pepitas de ouro que contém a fórmula do sucesso (material, é claro!).

O que acontece durante a exposição das sete virtudes e das três pepitas de ouro é um suceder de cenas (algumas brilhantes e outras nem tanto) que beiram o teatro do absurdo (principalmente em Inferno) e que deixam o espectador entre a perplexidade, o não entendimento e até um certo desconforto.

Em ambos os casos os elencos são excelentes: Inferno conta com um quarteto de ouro: Camila Czerkes (hilária na cena da cena da psicóloga bêbada), Gabriel Miziara, Henrique Schafer e Luciana Carnieli. Ouro [O]Culto tem interpretação potente e memorável de Ester Laccava, muito bem acompanhada por Eduardo Reyes e Vanderlei Bernardino, além de contar com ótima banda com quatro músicos.

Os dois espetáculos também são muito bem dirigidos, o primeiro por Malu Bazán e o segundo pela própria Ester Laccava.

Com todas essas qualidades e mesmo com essas “características criativas” dos criadores os espetáculos não decepcionam, mas deixam o público, ou pelo menos a mim, com a pulga atrás da orelha. 

INFERNO está em cartaz no Teatro Uol (ex-Folha) até 28/11 aos sábados ás 22h, domingos às 20h e segundas às 21h. 

OURO[O]CULTO está em cartaz no SESC Avenida Paulista até 13/11 de quinta a sábado às 20h e domingos às 18. Haverá uma sessão na quarta (09/11) às 20h. 

04/11/2022

 

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

CLUBE DA ESQUINA – OS SONHOS NÃO ENVELHECEM

 

O livro de Márcio Borges Os Sonhos Não Envelhecem – Histórias do Clube da Esquina no qual se inspira o espetáculo é um documento apaixonado e emocionante daquele grupo de amigos mineiros que nos anos sessenta e setenta mudaram nossa música e viveram os anos turbulentos da ditadura brasileira.

O jovem elenco bravamente liderado por Tiago Barbosa interpreta e canta muito bem, os músicos e a direção musical são excelentes, as músicas, não é preciso dizer, são obras seminais da nossa música. Com todas essas qualidades qual a razão de Clube da Esquina não se realizar completamente?

A meu ver os principais problemas são:

- A dramaturgia confusa e prolixa realizada a partir do livro por Fernanda Brandalise. 

- A cenografia de Keller Veiga que abusa da subida e descida de painéis, a maioria deles desnecessária para ilustrar as ações.

- A escolha equivocada da inclusão de algumas músicas no desenvolvimento da trama, ora por demais óbvias (caso de Beijo Partido cantada lindamente por Eline Porto na cena em que Duca anuncia a separação a Márcio Borges), ora fora do contexto (caso de Nas Asas da Panair e Maria, Maria).

- A direção de movimento que faz o elenco correr de lá pra cá no palco sem a menor harmonia.

- E finalmente, a direção pouco inspirada de Dennis Carvalho, que já havia realizado um brilhante trabalho em Elis, o Musical e que não se repete aqui.

Mesmo com  esses problemas trata-se de um espetáculo bastante simpático, agradável e importante de se assistir por seu valor histórico, pelas belíssimas músicas muito bem interpretadas tanto pelo elenco como pelos músicos e por ser uma louvação à amizade e à liberdade.

Tiago Barbosa, apesar de seu corpo exuberante e musculoso, incorpora a fragilidade de Milton Nascimento de forma brilhante, mostrando com perfeição a timidez e os gestos contidos do nosso querido patrimônio chamado Bituca. Mesmo sem ter a voz divina de Milton, Tiago interpreta as canções muito bem, adequando sua bela voz àquela do original.

Do talentoso elenco cabe destacar a presença luminosa de Cadu Libonati como o jovem e irrequieto Lô Borges, Leo Bahia como o bonachão Marilton Borges, Tom Karabachian como o simpático e suave Beto Guedes (esse trio é responsável por um dos momentos musicais mais bonitos da peça, quando cantam Clube da Esquina sentados no sofá da casa dos Borges), Marya Bravo ótima como a matriarca Maricota Borges que sempre promoveu a amizade dos Borges com os outros músicos mineiros e Rômulo Weber que defende com garra o segundo papel mais importante da trama, Márcio Borges. É uma pena que Elá Marinho que interpreta Elis, o faça de forma tão caricatural destoando bastante da atuação do restante do elenco.


A foto acima foi tirada na coletiva de imprensa que aconteceu no final da tarde do dia da estreia. Os depoimentos do elenco relatando o contato que teve com os artistas a quem interpreta foram muito ricos e poderiam fazer parte de um tipo de prólogo do espetáculo.

Mais uma vez, palmas para os excelentes músicos Cassiel Moraes, Elisio Freitas, Estevan Barbosa, João Moreira, Leonardo Dias e Lucca Noacco.

NÃO DEIXE DE SE EMOCIONAR E DE CANTAR JUNTO COM ESSE DELICIOSO GRUPO:

O QUE IMPORTA É OUVIR, A VOZ QUE VEM DO CORAÇÃO”

Clube da Esquina está em cartaz no amplo e confortável Teatro Liberdade situado na Rua São Joaquim, 129 no espaço onde funcionou o Cine Tokyo, especializado na exibição de filmes japoneses. Posteriormente recebeu o nome de Cine Álamo, depois foi igreja evangélica e agora, totalmente reformado, está apto a receber grandes produções teatrais. 

Sessões às quintas e sextas às 21h, sábados às 16h e 21h e domingos às 19h.

Temporada até dezembro.

30/10/2022