ZESCAR
O melhor (e o pior) do teatro em São Paulo em 2017 na
visão de José Cetra Filho
O ZESCAR é minha lista mais pessoal. Esta é
uma lista que leva em conta os 229 espetáculos a que assisti no ano e nada tem
a ver com a minha participação em comissões de premiação onde os premiados são
eleitos por votação. Para não ser totalmente injusto, listo também aqueles
“perdidos” que julgo terem sido importantes. É incrível que mesmo tendo
assistido a 215 peças teatrais ainda restaram algumas que não tive a
oportunidade de ver. Distribuo também os RACSEZ para os piores do ano, mas me
permito ser politicamente correto não divulgando essa lista. Meus preferidos
são contemplados “virtualmente” com o troféu ZESCAR.
Essa
história do ZESCAR começou com uma brincadeira. Há muitos anos que faço minha
lista particular do que considero os melhores do teatro e do cinema. Minha
cunhada um dia brincou perguntando quando eu ia distribuir o ZESCAR (amálgama
de Zé com o Oscar do cinema norte americano). A partir daí esse se tornou o
nome da minha lista e nos últimos anos eu a torno pública através deste blog.
O
teatro brasileiro ficou mais pobre em 2017 com a partida de tanta gente
insubstituível: Rogéria, Eva Todor, Nelson Xavier, Marcos Tomura, Ruth Escobar.
Minha
lista está dividida em categorias e não há um número certo para cada categoria
(se listo só dois é porque foram só eles, assim como posso listar sete ou
mais). Por categoria, a lista está em ordem alfabética.
“Hors
Concours”, ressalto que para mim o grande acontecimento teatral do ano
por sua criatividade e inovação foi um espetáculo onde texto (Ângela Ribeiro),
direção e concepção cenográfica (Eric Lenate), elenco (com destaque para
Maurício de Barros), figurinos (Rosângela Ribeiro), iluminação (Aline Santini),
visagismo (Leopoldo Pacheco) e trilha
sonora (L.P. Daniel) eram absolutamente impecáveis formando conjunto coeso e
brilhante. O ZESCAR DE OURO de 2017
vai para REFLUXO.
ESPETÁCULOS. Em ano tão problemático é
uma felicidade ter 12 títulos, além de Refluxo,
para incluir nesta categoria:
-
Boca de Ouro
-
Céus (RJ)
-
Eigengrau – No Escuro
-
Grande Sertão: Veredas (RJ)
-
Gritos (RJ)
-
Hotel Mariana
- Jacy (RN)
-
Nuon (PR)
-
Pagliacci
-
Race (RJ)
-
Suassuna – O Auto do Reino do Sol (RJ)
-
Tchekhov É Um Cogumelo
ESPETÁCULOS EM TEMPORADAS RELÂMPAGO que
mereciam retorno mais prolongado à cidade:
-
Madame Satã (MG)
-
Ocupação Rio Diversidade (RJ)
-
Tom na Fazenda (RJ)
-
Vou Voltar (MG)
ESPETÁCULOS MUSICAIS:
-
Cantando na Chuva
-
Hebe – O Musical
-
Mineiramente (MG)
DIREÇÃO:
-
Ana Rosa Tezza – Nuon
-
André Guerreiro Lopes – Tchekhov É Um Cogumelo
-
Bia Lessa – Grande Sertão: Veredas
-
Felipe Hirsch - Selvageria
-
Gabriel Villela – Boca de Ouro
-
Gustavo Paso – Race
ATRIZ:
-
Amanda Lyra – Quarto 19
-
Ana Elisa Mattos – Vocês Que Nos Habitam
-
Andréia Nhur – Mulher Sem Fim
-
Cleide Queiroz – Palavra de Stela
-
Georgette Fadel - Selvageria
-
Magali Biff – As Criadas
-
Naruna Costa – Antígona
-
Norma Gabriel – Mil Mulheres e Uma Noite
ATOR:
-
Caio Blat – Grande Sertão: Veredas
-
Claudio Fontana – Boca de Ouro
-
Clóvis Gonçalves - Obsceno
-
Daniel Warren – Pontos de Vista de Um Palhaço
-
Luciano Gatti – Se Existe, Eu ainda Não Encontrei
- Marat Descartes – Ponto Morto
-
Marcos Damigo – Memórias Póstumas de Brás Cubas
-
Paulo Betti – Autobiografia Autorizada
-
Renato Borghi – O Rei da Vela
-
Rodrigo Caetano – O Assalto
DRAMATURGIA NACIONAL:
-
Arthur Ribeiro e André Curti - Gritos
-
Bráulio Tavares – Suassuna – O Auto do Reino do Sol
-
Munir Pedrosa – Hotel Mariana
-
Pablo Capristano e Iracema Macedo – Jacy
-
Rudifran Pompeu – Siete Grande Hotel
-
Silvia Gomez: Marte, Você Está Aí?
OUTROS DESTAQUES:
-
Carlos Colabone: Espaço cênico de Tempo
de Viver
-
Dr.Morris: Trilha sonora de Marte, Você Está Aí?
-
Gregory Silvar: Trilha sonora de Tchekhov
É Um Cogumelo
-
Marcelo Lazaratto: Iluminação de Tchekhov
É Um Cogumelo
-
Marcio Medina: Cenografia de Pagliacci
-
Marisa Bentivegna: Cenografia e iluminação de Buda
-
Wagner Freire: Iluminação de Pagliacci
ESPECIAIS (PROJETOS E EVENTOS):
-
Carlos Alberto Soffredini: Lançamento de quatro livros com textos de suas
peças.
-
Espaço Ademar Guerra (Porão do CCSP): Reabertura
-
Instituto Capobianco: Reabertura
-
O Rei da Vela: Projeto 50 anos.
-
O Torniquete: Projeto do Grupo TAPA
-
Roberto Vignati: Retorno de suas atividades de encenador aos palcos
paulistanos.
- Teatro de Contêiner da Cia.
Mungunzá.
-
Teatro do Incêndio: Inauguração da nova sede.
ACOLHIMENTO:
- Teatro do Sol (Grupo Gattu)
PROGRAMAS NOTÁVEIS (Produção gráfica e
conteúdo):
-
Boca de Ouro
-
Gritos
-
Hebe, o Musical
-
O Rei da Vela
-
Palavra de Stela
-
Refluxo
-
Tempo de Viver
ESPETÁCULOS ESTRANGEIROS:
-
Black Off (África do Sul) – MIT
-
Los Incontados (Colômbia)
-
Mateluna (Chile) – MIT
-
Revolução em Pixels (Líbano) – MIT
ESPETÁCULOS TEATRAIS PERDIDOS:
-
11 Selvagens
-
A Missão
-
Aeroplanos
-
Carne de Mulher
-
Chopin ou O Tormento do Ideal
-
O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu
-
O Som e a Sílaba
-
Oeste Verdadeiro
-
Paquiderme
Foram
poucos os concertos, óperas e shows a que assisti neste ano, dedicando meu
tempo aos espetáculos teatrais, haja vista a participação no júri de teatro da
Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Segue abaixo os destaques
dentre ao que assisti:
ÓPERAS: -
CONCERTOS:
- Sinfonia nº 9 – Mahler - OSESP
SHOW:
- Carminho Canta Tom Jobim (Teatro
Bradesco)
-
Jorge Mautner e Bem Gil (Casa da Francisca)
-
Maria João canta Aldir Blanc com André Mehmari (Casa da Francisca)
-
Zizi Possi canta Gonzaguinha (Sesc Pinheiros)
DANÇA: -
RESUMO:
-
TEATRO: 215
-
CONCERTO: 6
-
SHOW: 8
-
ÓPERA: -
-
DANÇA: -
-
CIRCO: -
-
TOTAL: 229
RACSEZ PARA OS PIORES DO ANO:
Consegui selecionar 13 títulos que, para
mim, foram os grandes constrangimentos de 2017.
RACSEZ
05/01/2018