Dentro do projeto Baú
de Arethuzza o “fofíssimo” grupo Os
Fofos Encenam apresentou nas duas últimas semanas a burleta caipira Vancê Não Viu Minha Fia? de autoria de
Leonel Rocha (não consegui maiores detalhes sobre o autor). Foram somente seis
apresentações com a lotação limitada a 40 pessoas. Sendo assim apenas 240
privilegiados puderam assistir a essa deliciosa encenação dirigida por Fernando
Neves.
A peça se passa em três ambientes distintos: a casa do pai
caipira da ingênua Berta em (se não me engano) Curvalinho (apresentada na sala de espera do teatro); a frente do cabaré Colombo no Rio
de Janeiro(apresentada na área descoberta na frente do teatro)e o próprio
cabaré, onde se desenvolve a maior parte da ação(apresentada na sala principal
do Espaço).
As personagens são hilárias: a tia Prudência, pândega e “bunduda”,valorizada
pela ótima interpretação de Cris Rocha (que não é “bunduda”!), seu filho Zezé
(impagável Paulo de Pontes) que vai casar com a ingênua Berta (Stella Tobar)
que é filha do caipirão (o sempre ótimo Marcelo Andrade) e que foge pra o Rio
de Janeiro com o galã (Eduardo Reyes) e com a vilã e depois vedete do cabaré
Malu (Katia Daher, com perfeito domínio do público). Outros tipos cercam esse
núcleo principal com destaque para a “mulata assanhada” vivida com um
excepcional tempo de comédia por Carlos Ataíde. Completam o afiado elenco:
Erica Montanheiro e Zé Valdir. A ótima direção musical é de Fernanda Maia e o
piano é tocado por Fernando Esteves.
Divulgação - A atriz Cris Rocha está ausente nesta foto
Apesar da curta temporada a produção do espetáculo é muito
bem cuidada com uma bonita recriação de um cabaré carioca do início do século
20, com direito até a um luminoso na porta de entrada.
Segundo o programa, no projeto Baú de Arethuzza, Os Fofos
“se propõem a investigar a evolução da teatralidade circense durante o período
de 1910 a 1950, a partir de cinco montagens”: uma pantomima já apresentada, a burleta aqui comentada, um drama religioso,
uma comédia e um melodrama, gênero este que será o próximo a ser apresentado
com a peça A Ré Misteriosa. Já estou
me preparando para entrar na fila para ser um dos 240 privilegiados que irão
assistir a essas encenações.
Por último, mas não menos importante, cabe ressaltar o simpático
acolhimento ao público realizado pelos Fofos,
item normalmente negligenciado por quem faz teatro.
Olá José, como vai? Uma delícia seu blog.
ResponderExcluirAbs,
Cleyton
www.cleytudo.blogspot.com
Obrigado Cleyton. Vou entrar no seu blog. Seja sempre bem vindo no meu!
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