quarta-feira, 29 de maio de 2013

PURA DELÍCIA PARA POUCOS PRIVILEGIADOS



      Dentro do projeto Baú de Arethuzza o “fofíssimo” grupo Os Fofos Encenam apresentou nas duas últimas semanas a burleta caipira Vancê Não Viu Minha Fia? de autoria de Leonel Rocha (não consegui maiores detalhes sobre o autor). Foram somente seis apresentações com a lotação limitada a 40 pessoas. Sendo assim apenas 240 privilegiados puderam assistir a essa deliciosa encenação dirigida por Fernando Neves.
     A peça se passa em três ambientes distintos: a casa do pai caipira da ingênua Berta em (se não me engano) Curvalinho  (apresentada na sala de espera  do teatro); a frente do cabaré Colombo no Rio de Janeiro(apresentada na área descoberta na frente do teatro)e o próprio cabaré, onde se desenvolve a maior parte da ação(apresentada na sala principal do Espaço).
     As personagens são hilárias: a tia Prudência, pândega e “bunduda”,valorizada pela ótima interpretação de Cris Rocha (que não é “bunduda”!), seu filho Zezé (impagável Paulo de Pontes) que vai casar com a ingênua Berta (Stella Tobar) que é filha do caipirão (o sempre ótimo Marcelo Andrade) e que foge pra o Rio de Janeiro com o galã (Eduardo Reyes) e com a vilã e depois vedete do cabaré Malu (Katia Daher, com perfeito domínio do público). Outros tipos cercam esse núcleo principal com destaque para a “mulata assanhada” vivida com um excepcional tempo de comédia por Carlos Ataíde. Completam o afiado elenco: Erica Montanheiro e Zé Valdir. A ótima direção musical é de Fernanda Maia e o piano é tocado por Fernando Esteves.
Divulgação - A atriz Cris Rocha está ausente nesta foto
     Apesar da curta temporada a produção do espetáculo é muito bem cuidada com uma bonita recriação de um cabaré carioca do início do século 20, com direito até a um luminoso na porta de entrada.
     Segundo o programa, no projeto Baú de Arethuzza, Os Fofos “se propõem a investigar a evolução da teatralidade circense durante o período de 1910 a 1950, a partir de cinco montagens”: uma pantomima já apresentada,  a burleta aqui comentada, um drama religioso, uma comédia e um melodrama, gênero este que será o próximo a ser apresentado com a peça A Ré Misteriosa. Já estou me preparando para entrar na fila para ser um dos 240 privilegiados que irão assistir a essas encenações.
     Por último, mas não menos importante, cabe ressaltar o simpático acolhimento ao público realizado pelos Fofos, item normalmente negligenciado por quem faz teatro.

2 comentários:

  1. Olá José, como vai? Uma delícia seu blog.

    Abs,
    Cleyton
    www.cleytudo.blogspot.com

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    1. Obrigado Cleyton. Vou entrar no seu blog. Seja sempre bem vindo no meu!

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