Passei
uma semana no Rio curtindo em boa companhia aquela cidade que me faz muito bem.
Temperatura amena, sol cálido e muita energia positiva emanando das pessoas que
me hospedaram fizeram com que eu voltasse renovado para São Paulo.
Assisti
a quatro excelentes espetáculos teatrais, prova que naquela cidade também se
faz bom teatro, fato que alguns críticos paulistanos insistem em negar e
visitei uma belíssima exposição sobre Caio Fernando Abreu no Sesc Copacabana.
GOTA D’ÁGUA (A SÊCO) – Versão
minimalista da peça de Chico Buarque e Paulo Pontes com inserção de canções de
Chico que não faziam parte do original. Dirigida pelo santista Rafael Gomes -
que vem criando sólida carreira como encenador - a montagem tem seu grande
trunfo na interpretação visceral de Laila Garin como Joana, muito bem
acompanhada por Alejandro Claveaux como Jasão. Cinco músicos fazem o
acompanhamento musical do espetáculo. A peça deverá fazer temporada em São
Paulo no mês de setembro.
SACCO E VANZETTI – Não menos que
pungente espetáculo do grupo Ensaio
Aberto dirigido por Luiz Fernando Lobo apresentado no Armazém da Utopia na
zona portuária da cidade. Produção complexa (cenários e elenco numeroso)
dificilmente chegará aos palcos paulistanos. A peça está em cartaz há mais de
dois anos. Será alvo de matéria específica.
A REUNIFICAÇÃO DAS DUAS COREIAS – A
peça de Joël Pommerat (de quem São Paulo já viu Esta Criança, Ça Ira e Cinderela)
dirigida por João Fonseca trata de relações, separações e “reunificações” afetivas.
As duas Coreias tão antagônicas servem como metáfora para as situações dos
casais. Sete atores dão conta de 47 personagens retratadas em 18 cenas curtas.
No bastante afinado elenco, destaques para Louise Cardoso, Gustavo Machado e
Bianca Byington. A peça tem a “cara” de São Paulo e deverá cumprir temporada
por aqui.
NÓS – Esta não é uma produção carioca.
Trata-se de montagem do grupo mineiro Galpão
com direção do carioca sediado em Curitiba Marcio Abreu. Incursão do Galpão em questões da atualidade como
racismo, opressão e perda de liberdade de escolha. A peça é encenada no palco
do teatro Sesc Ginástico para uma
privilegiada plateia de 80 pessoas. Mais cem lugares são disponibilizados no
balcão do teatro de onde se assiste ao espetáculo, mas sem poder participar das
interatividades propostas pelos atores. A velha canção Lama de Aylce Chaves e Paulo Marques (Se eu quiser beber, eu
bebo/Se eu quiser fumar eu fumo...) encaixa-se muito bem à proposta da
encenação. Teuda Bara e Eduardo Moreira são os responsáveis pelos melhores
momentos deste espetáculo que enfatiza: “Quem somos nós, senão os responsáveis
por tudo que está aí!”. O grupo Galpão
com certeza deverá fazer temporada da peça em São Paulo.
Como
já informei em outro relato, a praga colabonesca não permitiu que eu assistisse
à estreia de Cais ou Da Indiferença das
Embarcações que foi adiada do dia 29
para o dia 30.
04/07/2016
Fiquei muito curiosa para assistir os espetáculos, em particular Nós e a Reunificação das Duas Coréias. Aguardo matéria sobre Sacco e Vanzetti.
ResponderExcluirFiquei muito curiosa para assistir os espetáculos, em particular Nós e a Reunificação das Duas Coréias. Aguardo matéria sobre Sacco e Vanzetti.
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