sábado, 30 de outubro de 2021

TERRA MEDEIA - UMA NOVA EXPERIÊNCIA

 

Quando pensei que já havia vivido todas as sensações que o teatro pudesse me oferecer, eis que surgiu o convite da Nicole Cordery para que eu estivesse presente nos bastidores da gravação da peça Terra Medeia, ocorrida em 27 de outubro de 2021.

57 anos de vivência como espectador não foram suficientes para conter toda surpresa e toda emoção que essa experiência me proporcionou.

O estúdio do fotógrafo João Caldas é o QG da operação. Lá, fui recebido com muito carinho por toda a parte da equipe ali presente.

Ali se situam a mesa de som e imagem comandada bravamente por Marcela Horta, ao seu lado o som é operado por Alexandre Martins que troca olhares e gestos com Marcela e com Madu Arakaki que faz uma complexa contrarregragem se esgueirando pelos cantos do espaço para suprir a atriz com todos elementos necessários para o desenvolvimento da ação. João Caldas opera a câmera que focaliza a atriz e em outro cômodo Renato Caldas interpreta Creonte com a câmera operada por Andréia Machado.

Medeia é interpretada visceralmente por Nicole Cordery que, em verdadeiro tour de force, se desdobra para cumprir todas as etapas da trama, não abandonando a emoção em nenhum momento (mesmo naqueles em que uma interferência da internet prejudica o andamento da ação)

O resto do elenco atua dos locais onde se encontra: André Guerreiro Lopes (Jasão) e Daniel Ortega (Mestre de Cerimônias e Médico) em suas casas em São Paulo; Bim de Verdier (Mãe e Deusa e também diretora do espetáculo) da Bahia e Rita Grillo (Babá) de Paris.

Como uma verdadeira maestrina, Marcela Horta conduz/edita as imagens, balançando a cabeça preocupada quando alguma coisa dá errado.

Assistir presencialmente a toda essa verdadeira operação de guerra foi um verdadeiro privilégio. Eu já havia assistido à peça virtualmente em maio de 2021 (vide matéria em meu blog: http://palcopaulistano.blogspot.com/search?q=Terra+Medeia) e na época Nicole me informou como tudo funcionava, mas assistir in loco, mexeu bastante tanto com a mente como com o coração.

Ao final fizemos uma gostosa confraternização tomando vinho e comentando os percalços “internéticos” ocorridos durante a apresentação.


De quebra levei meu livro para o João Caldas, retribuindo um presente que ele havia me enviado há treze anos.


Grande noite! Mais uma pra coleção das inesquecíveis. Obrigado, Nicole.


Agora resta aguardar o grande momento em que Terra Medeia vai para o palco de um teatro com a presença de público. 

30/10/2021

 

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